O presidente do STF, Dias Toffoli, prepara uma jogada que ele próprio julga como de mestre. O adiamento da votação da Corte no capítulo da prisão após a 2ª instância, faz parte da estratégia do magistrado para deixar que as nuvens sombrias do autoritarismo do STF se dissipem com os ventos soprados pela opinião pública. Como a virtude, até anatomicamente, se situa no meio, ele pretende catalisar o sentimento de repulsa a eventual decisão do Supremo no sentido de mudar mais uma vez aquele instrumento. Toffoli (foto) pretende optar por um meio termo, no qual a condenação na 3ª instância, representada pelo STJ, abra a possibilidade de detenção do acusado. Seria um meio termo. O voto do presidente, portanto, mesmo sujeito a críticas, estaria atendendo aos anseios das duas bandas que se digladiam no STF e, em parte, aos anseios da população. Vejamos se é isso mesmo.
Posando de estadista?
