Pelo menos 450 dos 853 municípios mineiros fecham as portas hoje e só vão manter os serviços de urgência e emergência na área de saúde, como forma de protesto contra os governos do estado e federal. A ideia inicial era a de chamar a atenção criando barreiras nas estradas e interrompendo o tráfego, tendo como inspiração o movimento dos caminhoneiros. Mas um apelo do governador Fernando Pimentel, PT, reforçado pelo vice-governador, Antônio Andrade, PMDB, e pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adalclever Lopes, do PMDB, acabaram por convencer o presidente da Associação Mineira dos Municípios, Antônio Júlio (foto), PMDB. O prefeito de Pará de Minas argumentou com os outros prefeitos que o momento é delicado e é melhor evitar o acirramento dos ânimos, pelo menos por enquanto. Não se sabe ainda, se eles vão se contentar em limitar o protesto ou se vão manter o cronograma inicial, que foi definido em uma reunião, na ALMG, no final do mês de julho. A maior reclamação é em relação ao arrocho financeiro, a queda nos repasses relativos ao ICMS e ao Fundo de Participação dos Municípios, FPM. A maioria dos prefeitos precisou demitir servidores, diminuir os próprios salários e dos secretários e cortar os gastos. Mas a situação está cada vez mais grave, devido à crise econômica e política e está difícil manter até mesmo os serviços essenciais. Por isso o prefeito de Cana Verde, Jeferson de Almeida, PSDB, disse que os prefeitos queriam fazer uma manifestação maior, para chamar a atenção dos governos, do Congresso Nacional e da população para a real situação nos municípios.
Prefeituras fecham as portas hoje
