Estamos iniciando a terceira semana de janeiro. E nada de novidades, estamos num 2022 bem igual ao 2021. Isto não chega a ser uma novidade pois afinal, reza lenda, as coisas no Brasil só começam a acontecer depois da Quarta-feira de Cinzas. Isto para os mais otimistas, pois há quem acredite que o país só ganha ritmo mesmo é depois da Sexta-feira da Paixão. Mas, de qualquer forma, já estamos em 2022 e é preciso que as coisas comecem a acontecer. Por exemplo, os Legislativos e o Judiciário não deveriam estar de recesso pela excepcionalidade dos tempos. Há praticamente dois anos o país está parado devido a pandemia e a insanidade política. Muita coisa deixou de ser definida e, pelo visto, nada do que o país necessita será apreciado ou julgado este ano. Enquanto o país espera definições e o povo trabalha, ou busca trabalho, parlamentares e juízes estão no longo recesso de fim de ano. E pelo menos no que diz respeito aos parlamentares, o recesso, ou o expediente a meia boca, vai durar até o final do ano. Afinal, 2022 é ano de eleições e todos precisam estar mais próximos do que chamam de base, para assegurar os votos que lhes garantam emprego- não é trabalho, tá?- por mais quatro e até oito anos. Para o país, este será um ano importante. As urnas de outubro não indicarão apenas o nome o próximo presidente. Elas indicarão que tipo de país o Brasil será. Os sinais até aqui indicam a polarização da disputa entre o que seriam candidatos de esquerda e direita, mas que, na realidade, são dois genuínos populistas falastrões, que não tem um projeto definido de governo. A possibilidade da consolidação de uma candidatura da chamada terceira via fica, a cada dia, mais remota. Se ela acontecer, será certamente a do governador João Doria (foto) que tem o que mostrar como administrador público, ao contrário de Sérgio Moro, um nome que é apenas uma dissidência do bolsonarismo. (Foto reprodução internet)
Quando o Brasil começará a funcionar?
