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Blog do PCO

Quem é o inimigo?

Sem condições políticas e sanitárias para demitir o ministro da Saúde, Luís Henrique Mandetta, o presidente Jair Bolsonaro (foto) considerou como uma provocação a entrevista concedida pelo ministro, após a reunião entre eles, para falar que continuava no comando das ações contra o coronavirus. Para Bolsonaro, Mandetta não baixou o tom das suas declarações e quando falou que o inimigo tem nome e sobrenome, muitos esperavam ouvir o nome de Jair Bolsonaro, mas o que se ouviu da boca do ministro foi Covid 19. Quem tem controlado o humor do presidente são os militares que estão no governo.

 

Até quando?

É público e notório que o governo Bolsonaro vem dirigindo suas energias para questões irrelevantes, enquanto aquilo que realmente carece de sua atenção fica patinando. É preciso que o Congresso chame para si uma agenda para conduzir o país rumo a modernidade, embora, quase sempre, também se mete a legislar em causa própria. A tática de Bolsonaro tem sido a inércia. E o espaço que ele deveria ocupar e do qual abre mão, está sendo ocupado pelo Legislativo e, pasmem, às vezes, pelo Judiciário. Aliás, o Legislativo e o Judiciário já descobriram o modo de Bolsonaro atuar: ele tem seu ponto de equilíbrio em um tripé, ao mesmo tempo, perseguir alguém, salvar alguém e ser perseguido por alguém. No momento atual, para ser perseguido, elegeu o Congresso. Para salvar alguém, se traveste de salvador da pátria, e para ser perseguido prefere a imprensa como adversário. De tempos em tempos ele muda os alvos.

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