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Ramalho já conversou com Bolsonaro. Agora espera ser chamado por Zema

A disputa pela presidência da Câmara Federal tem tomado conta de parte do noticiário nacional. O vice-presidente da Casa, o emedebista mineiro Fábio Ramalho (foto), tem trabalhado a sua candidatura da mesma forma que chegou ao posto que ocupa atualmente, com uma candidatura independente. Famoso pelos jantares regados a cachaça mineira, torresmo, tutu e leitão à pururuca, Ramalho acredita que tem chances reais de chegar à presidência e colocar Minas Gerais no protagonismo das discussões nacionais, em um momento difícil para a economia brasileira. O mais importante, segundo o parlamentar, é garantir a geração de 13 milhões de empregos o mais rápido possível.

 

Como a sua candidatura à presidência da Câmara Federal está sendo debatida com os deputados?

Estou conversando com um a um dos deputados. Tenho coordenadores da minha candidatura na maioria dos estados brasileiros, com partidos diferentes. Estou com a campanha em 20 estados e até o dia 15 de dezembro estarei nos 27 estados.

 

Quais são a possibilidade reais de você chegar à presidência da Casa?

Hoje as chances são reais. Muitos acham que eu ganho para presidente.

 

O que muda na Câmara caso seu nome passe?

Muda completamente. Sou o vice-presidente, tenho condições de presidir a Casa. Vamos fazer uma Câmara para todos, vamos acabar com o alto e o baixo clero. Não ser mais a casa de 40 deputados, mas a casa dos513 parlamentares.

 

A Câmara é uma casa do diálogo. O que será necessário discutir no início do governo de Jair Bolsonaro, que começa cheio de problemas?

Nós vamos ter o equilíbrio de quem escuta muito, a convivência com todos os parlamentares. Nós vamos ter de fazer mudanças drásticas. Nós precisamos deixar a oposição fazer o seu trabalho, conversei sobre isso, inclusive, com o presidente Bolsonaro. Ele me chamou para uma conversa. Temos que escutar, precisamos ouvir os governadores. Para fazer as mudanças nós vamos precisar dos governadores e dos prefeitos. Vamos precisar costurar um pacto para fazer as mudanças e vamos precisar de uma Câmara independente e forte para que os parlamentares possam andar nas ruas e serem respeitados. Nós precisamos empoderar a Câmara, que é o maior Poder que tem em Brasília.

 

Como foi a conversa com Jair Bolsonaro e como foi o relacionamento ao longo desses anos?

A Câmara precisa ser independente, mas também harmoniosa. Ela não pode ceder a nenhuma imposição de nenhum Poder. Ela tem que se abrir a discussão, à conversa. A pauta tem que ser discutida com a Casa, em harmonia.

 

Como tem sido a conversa com Jair Bolsonaro?

Tem sido excelente. O Jair me trata muito bem. No dia que conversamos, eu tinha uma reunião com o Onyx, e na hora que cheguei ele quis falar comigo e me recebeu por 30 minutos. Nós falamos de tudo, da crise, do projeto Brasil, do que tem que ser feito e me coloquei à disposição. Tem muita coisa no Brasil que precisamos fazer. Temos que respeitar a oposição para ter equilíbrio e conversar com as prefeituras, os estados e o executivo. Nós precisamos fazer algumas mudanças que são urgentes e nós precisamos de estar unidos nessa questão e, principalmente, gerar emprego para 13 milhões de desempregados.

 

Vocês tiveram uma longa convivência na Câmara. Ele deu uma dica de como pretende negociar com o Congresso Nacional?

Ele conhece bem a Casa e é um homem inteligente. Ninguém chega à presidência por acaso. Ele conhece a Casa, vai negociar, mas para o bem do Brasil. A negociação tem que ser feita sem esse toma lá, dá cá. Tem que ser uma negociação que seja benéfica para Brasil e o que for melhor para a sociedade.

 

O ministério de Bolsonaro está sendo formado sem espaço para se falar em estado. Minas Gerais vai ficar sem um ministério?

Minas Gerais tem muitas chances de se empoderar com a presidência da Câmara. Minas tem um candidato em condições de ganhar a eleição na Casa e Minas Gerais ficará muito bem representada. O estado estará no centro dos assuntos mais poderosos na presidência da Câmara.

 

O que se espera do governo Zema?

Eu espero que ele faça um bom governo. Ele vai poder contar com a bancada federal e temos conversado sobre isso com os novos deputados e com os velhos. No que depender de nós, ele vai poder contar com a bancada federal, com a discussão do pacto federativo, com a renegociação da dívida. Já me coloquei à disposição e estamos aguardando o chamamento dele para uma conversa. O mineiro tem o diálogo fácil. Estamos prontos para ajudar Minas Gerais a vencer essa etapa de dificuldades. O principal no Brasil, para mim como presidente da Câmara será fazer com que a gente possa recuperar 13 milhões de empregos, fazer uma pauta econômica que tenha solidez, o equilíbrio e a voz dos brasileiros.

 

Como o MDB vai se comportar?

Vai se comportar muito bem. O MDB quer o bem do Brasil.

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