A tensão entre o governo e a Assembleia Legislativa aumentou depois da aprovação ontem do projeto que trata dos reajustes dos servidores públicos do estado com emendas aumentando o valor de algumas categorias. As mudanças representam um gasto a mais de R$ 10 bilhões, que o governador Romeu Zema (foto), diz não ter condições de pagar por descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Os servidores da educação tiveram um aumento de 33,24%, para alcançar equiparação com o piso nacional da educação. E ainda tiveram incorporação de alguns benefícios aos salários. Os deputados também aprovaram a anistia aos servidores em greve. Os benefícios foram estendidos aos profissionais da carreira da educação superior.
Abusos
Para os servidores da segurança pública foi aprovado reajuste de 14% a ser somado aos 10,06% propostos originalmente. Também foi aprovado o pagamento de auxílio social, em três parcelas anuais, cada qual correspondente a 40% da remuneração básica do soldado de 1ª classe, a serem quitadas nos meses de maio, agosto e novembro, para ativos e inativos. Os abusos e a violência cometida pelos agentes da segurança pública durante a greve, que chegou a fechar por duas horas a MG-010, também foram anistiados. O projeto precisa ser sancionado até o dia 5 de abril, mas o governador Romeu Zema ameaça levar o assunto à Justiça. (Foto reprodução internet)