A Receita Federal defende a quebra de sigilo fiscal e bancário do filho do ex-presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva (foto) e de duas de suas empresas. A expectativa na Receita é que o Ministério Público Federal, a quem cabe formalizar as solicitações, as acate e envie os pedidos à Justiça Federal nesta quinta-feira. Estão na mira do Fisco, além das movimentações pessoais do empresário, os dados da LFT Marketing Esportivo e da Touchdown Promoções e Eventos Esportivos, das quais ele é sócio, no período entre 2008 e 2015. A LFT recebeu 2,4 milhões, mesmo sem ter nenhum funcionário, segundo informações da Receita, da empresa, Marcondes e Mautoni Empreendimentos, cujo dono, Mauro Marcondes, foi preso na segunda-feira (26), na mais recente etapa da operação. Ele é suspeito de ter participado da suposta compra de Medidas Provisórias que beneficiam a indústria automotiva.
Mandado de Segurança
O filho do ex-presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, por sua vez, entrou ontem (28) com um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal pedindo a nulidade da ordem de busca e a restituição imediata de documentos e computadores apreendidos em sua empresa. A Polícia Federal vasculhou os escritórios da Touchdown Promoção de Eventos Esportivos e LFT Marketing Esportivo, que pertencem a Luís Cláudio, durante a deflagração da quarta fase da Operação Zelotes. O advogado do empresário, Cristiano Zanin Martins, alega que não há qualquer citação de Luís Cláudio e às duas empresas no relatório de 164 páginas produzido pela Polícia Federal que embasou a deflagração da nova fase da Zelotes.