Com a instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) começam a esquentar os debates sobre a reforma da Previdência. Mas há muitas pedras ainda pelo caminho para o governo Jair Bolsonaro enfrentar e conseguir, finalmente, aprová-la. Como bem lembrou o Major Vitor Hugo (foto), do PSL de Goiás, líder do governo na Câmara, embora haja um clima favorável para a discussão da reforma, o governo ainda tem dificuldades para formar a base aliada e votar as pautas de interesse do presidente Bolsonaro. “A gente tem de lembrar que o presidente foi eleito com a coligação de dois partidos apenas, e também não houve loteamento dos ministérios.”, afirmou o líder.
Brincadeirinha ou ameaça?
“Estamos num sistema [previdenciário] de repartição que quebrou. Faliu antes de a população envelhecer. Vocês querem trazer seus filhos para isso? Se der acima de R$ 1 trilhão [de economia, com a aprovação da reforma], eu digo que estamos numa geração de pessoas responsáveis e têm a coragem de assumir o compromisso de libertar filhos e netos de uma maldição previdenciária. Se botarem menos, eu vou dizer assim: ‘Eu vou sair daqui rápido, porque esse pessoal não é confiável. Não ajudam nem os filhos; então, o que será que vão fazer comigo?’” Fala, de improviso, do ministro Paulo Guedes, da Economia, na solenidade de transmissão da presidência do Banco Central. Tem gente achando que o ministro brincava falou em sair se desidratarem, no Congresso, a proposta de reforma da Previdência. Tem gente que acha que ele falou sério.