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Reforma da Previdência não é desejo do presidente Temer. É necessidade do país

Foi um final de semana de muitas conversas do presidente Temer com aliados para falar sobre a reforma da Previdência. Conversas que ele garante que manterá até a quinta-feira, quanto então, fará uma avaliação final sobre a viabilidade de se colocar a proposta em votação. Como é uma Proposta de Emenda Constitucional-PEC, o Brasil, não o governo, precisa do apoio de 308 deputados. Há quem garanta, como o peemedebista mineiro Fábio Ramalho, vice presidente da Câmara e coordenador da bancada de Minas – parlamentar de posições muito ambíguas, registre-se- que o país está muito distante de atingir este número, o que poderá levar o presidente Temer a desistir da votação neste ano. Não sendo neste ano, certamente não será em 2018. Mas em algum momento a reforma terá que ser feita. É que, a reforma não é, como já advertiu o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira (foto), uma questão de opinião, mas uma questão de números. O problema não está apenas no Regime Geral de Previdência Social, o INSS, mas, em especial, no Regime Próprio de Previdência Social, dos servidores públicos dos três níveis de Poderes. Este, até mais do que aquele, está quebrado. Em Minas, por exemplo, 40% dos servidores efetivos da educação são inativos. Dos 79 mil servidores da Polícia Militar, 34 mil são aposentados. Na Loteria Mineira, que poucos sabem ainda existir, dos cem servidores, 70 estão aposentados. Em Minas a situação é muito grave, mas há outros estados em situação bem pior. Outros em situações melhores, mas também caóticas. Diante deste quadro é intrigante a omissão de governadores e prefeitos que não se mexem para pressionar pela aprovação da reforma da Previdência, embora sejam muito ativos quando se trata de cobrar mudanças que impliquem em aumento de receitas. Cortar ou mesmo enquadrar despesas que sustentam privilégios, ninguém quer. Todos cobram aumento de receitas que, normalmente, dão origem a outros privilégios. É esperar para ver como vão se comportar os oposicionistas, sempre contra todas as medidas propostas por qualquer governo de plantão. Para eles, tudo está ótimo. O governo é que quer mudar para prejudicar os pobres e beneficiar os ricos. A propósito, alguém se lembra de alguma medida tomada em governos anteriores, debaixo de pesadas críticas petistas, que tenham sido reformadas nos governos Lula e Dilma?

Finalmente um ponto para reflexão. Nova pesquisa publicada pelo DataFolha mostra Lula à frente, com Bolsonaro em segundo e em ascensão. A pergunta é por que eles?

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