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Romeu Zema quer provar que empresário é melhor que político no governo

O governador eleito Romeu Zema (Novo), reafirmou ontem, no Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação, que pretende trabalhar para desburocratizar o Estado e facilitar a vida dos empresários. Para ele “o Estado não pode ser um obstáculo para as empresas”, citando o exemplo de uma mineradora que espera há 10 anos por uma licença ambiental. Como ela, outras empresas enfrentam o mesmo problema.

 

Situação difícil

A situação financeira do Estado é tão difícil que o empresário Renato Feder, da Multilaser, desistiu de assumir a Secretaria de Educação em Minas para assumir a mesma pasta no Paraná, estado que será governador a partir de 1º de janeiro por Ratinho Jr. Segundo Zema (foto), o próprio empresário o havia procurado para ajuda-lo, mas preferiu ir trabalhar onde as finanças estão mais organizadas. “As pessoas se sentem inseguras para vir trabalhar aqui em razão da situação financeira do Estado”, lamentou.

 

Empresário ou político

Romeu Zema falou, no almoço-palestra do Conexão Empresarial, que vai fazer o que tiver ao seu alcance para acertar e fazer uma boa gestão “e com isto provar que a gestão pública funciona melhor nas mãos de um empresário do que nas de um político”. Uma das suas estratégias é a de conversar muito com todos os setores. O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, é um dos que tem conversado frequentemente com o governador eleito para debater os entraves que vem prejudicando a indústria mineira.

 

Dívida do Estado preocupa

Outro assunto que o preocupa diz respeito a dívida do Estado, que segundo ele, beira os R$ 90 bilhões. Para discutir esse assunto Zema deve se reunir com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) até o dia 21. O economista Gustavo Franco, que tem ajudado no processo mineiro de transição, já está conversando no Ministério da Fazenda, e com a equipe econômica de Bolsonaro, mas o assunto deve avançar mais a partir dessa reunião. Para Zema, é essencial essa renegociação porque o serviço da dívida, com o pagamento de juros, onera muito o estado. “Uma repactuação desse prazo acaba viabilizando as finanças de Minas que hoje está plenamente inviável”.

 

Navegando em águas turbulentas

Paulo Brant, o vice, terá papel fundamental no governo de Romeu Zema. Deve assumir o comando dos assuntos ligados à área econômica e financeira. Ele falou para os empresários mineiros, no Conexão Empresarial, que ao assumir, o novo governo vai navegar por águas turbulentas, “mas vai com a “bússola” voltada para a necessidade de se ter responsabilidade fiscal, “porque o governo precisa ter dignidade para arcar com seus compromissos. Responsabilidade é o princípio de tudo”. Citando o ex-ministro Ayres de Brito, disse que é preciso “exercer o poder com pudor”.

 

Burocracia para acessar documentos

Romeu Zema voltou a reclamar ontem, da demora do governador Fernando Pimentel em publicar no Diário Oficial do Estado os nomes dos membros da equipe que fará a transição de governo. Com isso, a reunião que aconteceria hoje, foi transferida para sexta-feira. Os obstáculos para conseguir as informações, no entanto, serão muitos, segundo o coordenador da equipe, Mats Simões, pois qualquer pedido de dados tem que ser protocolado em ofício com resposta em cinco dias. Por isso, o primeiro pedido será para desburocratizar o acesso às informações. Simões ficará afastado 60 dias da Câmara Municipal para realizar esse trabalho.

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