O presidente da CNBB e arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor de Oliveira Azevedo, acredita que “o Sínodo da Amazônia, convocado pelo Papa Francisco há dois anos, e que será realizado no Vaticano, deste domingo até o próximo dia 27, é gesto concreto da Igreja para escutar os povos amazônicos, ouvir a Amazônia. A motivação fundamental é avaliar e fortalecer a presença missionária da Igreja nas regiões amazônicas. Também é oportunidade para novo passo, diante da exigência de se viver uma ecologia integral, com mudança de hábitos, uso racional de recursos naturais. O Sínodo para a Amazônia ocorre em momento desafiador, quando o mundo é interpelado a frear os processos de mudanças climáticas, um passo decisivo para se evitar o caos.” O Sínodo para a Amazônia.
Caminhar juntos
O Sínodo é uma instituição permanente da Igreja Católica que foi criada pelo papa Paulo VI, em resposta aos desejos dos padres do Concílio Vaticano II. A intenção é manter vivo o espírito de colegialidade, nascido na experiência conciliar. A reunião consiste em um encontro religioso ou assembleia na qual alguns bispos, reunidos com o papa, têm a oportunidade de trocarem informações e compartilhar experiências. O objetivo comum destas reuniões é buscar soluções pastorais que tenham aplicação universal. Do Sínodo da Amazônia vão participar 184 bispos dos nove países do bioma que debaterão, entre outros assuntos, a redução de fiéis católicos e o crescimento das igrejas evangélicas na região amazônica.