A Lava Jato, de repente, ganhou em parte do STF um poderoso aliado em sua queda de braço contra o Procurador Geral da República, Augusto Aras, que já vem sendo reconhecido por muitos como o sucessor daquele antigo engavetador geral da República. A chegada de Fux à presidência do STF, é um contraponto ao cordato Ministro Dias Toffoli, responsável pelas principais derrotas da operação que sacudiu o País ao punir políticos comprovadamente corruptos. Recentes decisões de Fux e Fachin já provocaram o imediato esvaziamento do CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público, ávido em agradar àqueles que não se conformam em serem punidos pelos malfeitos praticados. Fachin (foto) fez uma intervenção cirúrgica ao podar o desejo de Augusto Aras, com a conivência de Toffoli, de bisbilhotar os arquivos da Lava Jato. Já Celso de Mello, ao suspender os processos contra Deltan, fez uma defesa enfática da independência do Ministério Público. Estava por demais na cara que a pretendida correção de rumos apregoada por Augusto Aras, estava sendo uma submissão à Presidência da República. Nos próximos dois anos, pode ser que a operação reapareça revigorada.
STF x PGR
