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Temer conta os votos para manter o seu mandato

Paulo César de Oliveira
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O relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) que trata do pedido de autorização do Supremo Tribunal Federal para processar, por crime comum, o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) entra na pauta de votação no plenário da Câmara nesta quarta-feira. Nos últimos dias Temer tem se empenhado para se livrar de mais essa denúncia. O maior problema tem sido vencer a resistência do próprio presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia. Nos últimos dias Temer retornou com nove ministros para a Câmara para ajudar não só na votação, como no trabalho de convencimento dos deputados. A manobra tem sido motivo de críticas da oposição, mas além de tentar salvar o mandato, Temer quer aproveitar, dependendo do resultado da votação, para avançar com a votação da reforma da Previdência, mesmo que bem mais tímida do que a que ele pretendia inicialmente.

 

O rito

Os deputados começam a debater o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) aprovado por 39 votos contra 26 na CCJ, a partir das 9h. A denúncia do ex Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, acusa Temer e os ministros de formação de quadrilha e obstrução de Justiça com o intuito de arrecadar propinas, estimadas em R$ 587 milhões. O Planalto nega todas as acusações. O caso envolve ainda outras pessoas que não têm foro privilegiado, como os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo da Rocha Loures; o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, ambos da J&F. A autorização só será concedida se receber o apoio de pelo menos 342 deputados, ou 2/3 do total, que terão que se manifestar contrários ao relatório de Bonifácio de Andrada (foto) por meio do voto “não”.

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