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Temer se rende e deixa reforma da Previdência para o ano que vem

Paulo César de Oliveira
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Se o presidente Michel Temer tivesse escutado o vice-presidente da Câmara Federal e coordenador da bancada mineira, Fábio Ramalho, não teria passado pelo constrangimento de ficar até o último minuto buscando, em vão, os votos para a votação da reforma da Previdência. Cm base nas conversas que mantinha nos jantares para os parlamentares em seu gabinete e na sua casa em Brasília, Fabinho Liderança (foto), como é conhecido, já havia sinalizado para o presidente de que ele não conseguiria aprovar a reforma neste ano. A reforma será agendada para entrar na pauta em fevereiro, mas em ano eleitoral, dificilmente o presidente Michel Temer vai conseguir aprovar a matéria.

 

Votação marcada para 19 de fevereiro

Ontem o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que pretende colocar a reforma da Previdência na pauta para discussão no dia 5 de fevereiro. A votação foi marcada para 19, logo após o Carnaval. “Nas últimas semanas, o governo está contabilizando votos, conversando com líderes, com os deputados, e eu de certa forma, também, e a decisão que resolvi tomar, ouvindo, claro, o governo, o presidente Michel Temer, é marcar o início da discussão da matéria para o dia 5 de fevereiro e a votação para a primeira segunda-feira após o Carnaval”. Rodrigo Maia acredita que apesar de 2018 ser um ano eleitoral, o governo vai conseguir de 320 a 330 votos em fevereiro. Para aprovar a reforma, o governo precisa de 308 votos dos 513 deputados.

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