As críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao projeto que trata da renegociação das dívidas dos Estados, foram rebatidas pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto/reprodução internet), autor da proposta. Haddad disse que o texto precisa de revisão e destoa do que ele imaginava. Pacheco discorda de Haddad e falou do abatimento da dívida com ativos dos Estados, uma das ressalvas do ministro. O parlamentar lembrou que o petista, quando era prefeito de São Paulo, negociou a dívida do município de modo a abater o estoque do montante devido. A ideia, segundo o senador mineiro, é a de que os Estados sejam beneficiados da mesma maneira e que a transferência de ativos para a União servirá para reduzir apenas a taxa de juros para o pagamento da dívida, hoje equivalente à inflação mais 4%.
Preço de banana?
Rodrigo Pacheco, chamou a atenção para a questão dos altos juros que os estados pagam à União, considerando-os impraticáveis e alertando sobre a gravidade das dívidas estaduais. Ele mencionou a busca por uma solução efetiva para as dívidas estaduais após três décadas, não querendo que a irresponsabilidade fiscal seja atribuída ao Congresso nesse assunto. Pacheco defendeu a ideia de os estados venderem ativos para quitar suas dívidas, apontando que críticas a essa iniciativa vêm do mercado financeiro que busca adquirir ativos estaduais a preços muito baixos, especificamente citando a Cemig em Minas Gerais. Ele enfatizou que os estados mais endividados são grandes geradores de riqueza e negou qualquer favorecimento a Minas Gerais ou São Paulo, afirmando que a intenção é resolver o problema da dívida estadual de forma equitativa.