Faltando menos de três meses para as eleições, apesar de tantas pesquisas, é impossível a qualquer um cravar, com convicção, o nome dos vencedores. Fácil, porém, afirmar quem será o perdedor: o cidadão brasileiro. E por uma razão simples: teremos que a partir do primeiro dia pós eleição começar a reconstrução do país que, sem pessimismos, sairá desta disputa dividido, desacreditado e com suas instituições em frangalhos. Nessa terça-feira, se se confirmar a previsão de Arthur Lira, a Câmara dos Deputados deverá aprovar, a toque de caixa, a PEC kamikaze, aquela que rasga a Constituição para dar ao presidente poderes para desrespeitar Lei Eleitoral e criar programa ditos sociais que visam, unicamente buscar votos para a reeleição de Bolsonaro. Talvez ainda nesta semana, o Congresso aprove outra PEC permitindo que parlamentares se licenciem do mandato para ocupar cargo de embaixador brasileiro. Uma proposta indecente, que vai desestruturar a carreira diplomática do país ao abrir chance de colocar em cargos importantes pessoas absolutamente despreparadas. Mais, pessoas que foram eleitas para, pelo menos teoricamente, representar os eleitores, não para se beneficiarem de mamatas de seu interesse. Definitivamente, estão empurrando o país para o caos total. Como confiar na ordem jurídica do país se, por qualquer coisa, muda-se a Constituição para atender interesses menores. Uma Constituição elaborada sob a liderança de um Ulysses Guimarães, achincalhada por um grupo liderado por um Lira. Quem pensa que ganha algo num ambiente assim? (Foto reprodução internet)
Um país em frangalhos
