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Blog do PCO

Uma eleição totalmente indefinida. Que candidatos teremos. Que eleitor vai votar?

Enfim o Congresso começa a debater oficialmente a mudança do calendário eleitoral deste ano, promovendo um adiamento na votação. Um adiamento pequeno, suficiente para se driblar a pandemia do novo coronavírus. O ideal mesmo seria uma alteração profunda no calendário promovendo, como muitos defendem, a coincidência das votações, com o país passando a ter realmente uma eleição geral. Teríamos um enorme ganho político, evitando que o “paradeiro” a cada dois anos em função de uma disputa eleitoral. Evitaríamos os altos gastos com a realização de duas eleições a cada quatro anos e o desgaste político de palanques cada vez mais radicais. Bom, mas não foi o que acordaram – lideranças do Legislativo e do Judiciário – e o que deverá ser aprovado no Congresso. Teremos eleições este ano. Em menos de cinco meses estaremos de volta às urnas para elegermos prefeitos e vereadores. Mas o que dirão em suas campanhas os candidatos nos 5570 municípios brasileiros? Prometerão um mundo novo, continuarão enganando os eleitores com promessas que sabem impossíveis de serem cumpridas? E que tipo de candidatos teremos nas próximas eleições? Quem se arriscará a vencer uma eleição sabendo, de antemão, que não terá como fazer o que o eleitor espera? E mais, que tipo de eleitor vai às urnas? Um eleitor consciente, que sabe das dificuldades ou um eleitor anestesiado, abobalhado mesmo, disposto a ser engando ou, pior ainda, disposto a negociar seu voto por vantagens pessoais? Mas tem um outro tipo, o omisso, que diz preferir não votar, querer distância da política. É o falso politizado que acaba abrindo espaço para os espertalhões pois, em politica, não existe espaço vago, A omissão dos bons gera a cadeira vazia ocupada pelos aproveitadores. Mas, para não sermos acusados de negativistas, ressalto que esta pode ser uma grande oportunidade para o surgimento de novas lideranças. De um novo tipo de político, capaz der dizer a verdade ao eleitor. Capaz de mostrar as dificuldades e, sem vender facilidades, propor uma parceria para enfrentar e superar os obstáculos. Que serão muitos e difíceis. É isto que fazem os líderes. É isto que fingem fazer os messiânicos, como os muitos que emergiram das últimas eleições.

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