Temos mais uma semana de atividades parlamentar. Na terça-feira da próxima semana, dia 18, começa o recesso de meio do ano. Câmara e Senado só votam a se reunir em primeiro de agosto com pauta apertadas até o final do ano. Reforma tributária e discussão de uma possível anistia a políticos serão os temas mais bombásticos neste segundo semestre. No Senado a reforma tributária vai, com certeza, se arrastar e sofrerá modificações. Os senadores já deixaram isto claro ao avisar que pretendem analisar a questão com mais vagar, sem o afogadilho imposto pelo governo aos deputados. Este tipo de aviso na política brasileira significa, normalmente que o Governo deve se preparar para negociar. Favores e emendas. A prática é usual na nossa política e, apesar do discurso moralista sobre o palanque de campanhas, foi incorporado, e com competência, reconheçamos, pelos petistas. E o governo terá que ceder pois, afinal, a reforma é entendida como essencial ao país. É uma questão de acertos. Já o projeto de anistia aos políticos- na verdade a Bolsonaro- visa perdoar todos os condenados por ilícitos eleitorais desde 2016. Uma proposta muito ampla, portanto, de interesses de muitos. Dificilmente deixará de tramitar. Qual será o posicionamento do governo em relação a ela? Vamos assistir a um processo de radicalização política ou a livre tramitação -e ninguém duvida, aprovação- servirá como moeda de troca na votação em matérias de interesse do governo? E o Judiciário, como se posicionará. Em pouco tempo, pouco mais de um mês, vamos ficar sabendo de tudo. Certo mesmo é o perdedor: o povo. (foto/reprodução internet)
Uma questão de acertos
