Em um de seus primeiros atos como presidente da CPI do INSS, o senador mineiro Carlos Viana (foto/reprodução internet), do Podemos, determinou que jornalistas estão proibidos de registrar “informações pessoais” de parlamentares obtidas por meio de fotos de celulares, computadores ou documentos exibidos durante as sessões. A medida, segundo ele, visa resguardar dados protegidos por sigilo. Quem descumprir a norma terá a credencial suspensa.
A reação veio de imediato. A senadora maranhense Eliziane Gama (PSD) classificou a decisão como “censura” e um risco de “mordaça” ao jornalismo. O episódio remete a precedentes, como a CPMI do 8 de Janeiro, quando Arthur Maia (União-BA) já havia tentado impor barreiras semelhantes. A ironia é que, em comissões criadas justamente para investigar e iluminar fatos de interesse público, a primeira providência de parte da cúpula parece ser a de apagar luzes incômodas e de desligar a câmera de quem ousar registrá-las.