Logo
Blog do PCO

Doria cobra bom senso e equilíbrio e manda FHC sair do apartamento

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), acredita que a decisão do PSDB de continuar ou não na base de apoio do presidente Michel Temer cabe à executiva do partido e não a um ou outro tucano. “O que tenho dito é que essa é uma avaliação constante. Minha defesa é a do Brasil, da governabilidade, que o País não fique desgovernado”, disse, ressaltando que é preciso ter “bom senso e equilíbrio”. Doria (foto) afirmou que a executiva do PSDB deve ter reunião nos próximos dias para discutir a questão. “É uma avaliação que tem que ser compartilhada, é um debate.” Perguntado se a pesquisa do Datafolha divulgada ontem, que mostra que apenas 7% da população considera o governo de Michel Temer como “ótimo” ou “bom”, Doria respondeu que não é com base em uma pesquisa que se toma uma decisão desse tipo, de ordem política. “Defendo serenidade. O Brasil está em momento difícil.”

 

FHC precisa sair do apartamento

Doria falou também sobre a troca de farpas entre ele e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC declarou que Doria não mudou nada na cidade e que “só faz sucesso no celular”. O prefeito respondeu afirmando que Fernando Henrique precisa sair de seu apartamento e conhecer a cidade. O prefeito disse que combinou com o tucano um passeio por São Paulo em julho. “Gosto muito dele (FHC), tenho respeito e admiração. Já trocamos mensagens e combinamos de fazer um passeio agora no início de julho pela cidade. Isso não muda nada minha relação com FHC. É um grande líder”, disse Doria. Sobre a cracolândia, o prefeito disse que será apresentado um balanço das ações na região nesta segunda-feira e também uma nova campanha. Doria participou neste sábado, em Barueri, do seminário “Região Metropolitana de São Paulo”, organizado pelo Instituto Teotônio Vilela e que reuniu prefeitos de cidades do estado, vereadores, além de lideranças do PSDB e militantes do partido

 

Pior momento

Também presença no seminário, o senador José Serra (PSDB-SP) avalia que o Brasil atravessa a maior crise política de sua história contemporânea. “O País está pior do que em ouros momentos, pior do que em 1964”, disse ele, mencionando o ano em que houve o golpe militar Serra destacou que, no conturbado momento político atual, é difícil identificar os lados e os interesses, ao contrário de 1964. “Não se sabe direito o que se quer.” Serra defendeu uma reforma política que estabeleça o voto distrital misto. “É uma opção para salvar o sistema democrático no Brasil”, disse ele, que também defendeu o parlamentarismo. “Em democracias, é natural que partidos políticos sejam adversários, mas hoje a questão no Brasil é que há um desgaste geral”, ressaltou o senador. “A questão é a desmoralização de uma atividade que é essencial para o futuro do nosso país, que é a política.”

 

Em plena forma, inclusive no mau humor

Para o senador, em meio à crise política, o PSDB tem que reagir e se defender, mas principalmente mostrar propostas concretas. Serra terminou seu discurso falando que está “em plena forma”, mas disse que seu mau humor continua, arrancando risos dos presentes. Perguntado por jornalistas após o evento, Serra preferiu não dar declarações sobre a permanência do PSDB na base do governo Michel Temer e nem comentar a gestão do prefeito João Doria, que também estava presente no encontro, o seminário “Região Metropolitana de São Paulo”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *