O governador Romeu Zema (Novo), vive um drama a parte desde que assumiu um Estado quebrado, cheio de dívidas e sem perspectivas de reverter a situação rapidamente. Ontem, ao anunciar a reforma administrativa, reduzindo o número de secretarias de 21 para 12, cortando os cargos comissionados e outras medidas que serão analisadas na Assembleia Legislativa, Zema (foto) deixou claro que essas medidas, apesar de significarem uma economia anual de R$ 235 milhões, alcançando R$ 1 bilhão em quatro anos, são o único caminho a seguir, mas não vão resolver a situação do Estado de imediato, o que significa que os salários continuarão sendo escalonados. Só a folha de pagamento dos servidores chega a R$ 3 bilhões ao mês.
Garantir aprovação na Assembleia
O líder do governador na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Humberto (PSDB), esteve ontem com Zema e os secretário da área econômica para afinar o discurso, que ele vai defender para conseguir a aprovação das propostas na Casa. Pelos cálculos do governo, o custeio das secretarias, que até o ano passado era de R$ 815 milhões, esse ano será de R$ 580 milhões, ou seja, uma diferença de R$ 235 milhões. Mesmo com os cortes, o déficit projetado para o ano de 2019 é de aproximadamente R$ 15 bilhões. O projeto foi enviado ontem para análise dos deputados.