A previsão orçamentária apresentada pelo governador Romeu Zema (Novo) para o ano que vem, mostra que não está nada fácil para ele e sua equipe econômica colocar as contas em ordem. A previsão é a de que o déficit orçamentário chegue a R$ 13,2 bilhões em 2020. Mesmo elevado ele é menor do que o deixado pelo ex-governador Fernando Pimentel (PT), de R$ 15,1 bilhões. Inicialmente o déficit apresentado pelo petista foi de R$ 11,4 bilhões, mas o valor foi revisado por Zema (foto). Em suas redes sociais, o governador lamentou o quadro deficitário do estado e avaliou que diante do rombo nas contas mineiras serão necessárias “medidas estruturais”. Estão previstas receitas de R$ 103,5 bilhões e gastos de R$ 116,8 bilhões. Segundo o projeto, 50,3% da despesa corrente serão destinados ao pagamento de funcionários e encargos sociais. Outros 15,4% das despesas do governo são com repasses aos municípios.
Aumento no custeio
O secretário de Planejamento e Gestão do Estado, Otto Levy, esteve ontem na Assembleia Legislativa entregando o orçamento do Estado para o ano que vem. Ele argumentou que apesar das medidas tomadas pelo governo, houve um aumento no custeio nas áreas de segurança, educação e saúde, além do crescimento do repasse aos outros poderes. Para reduzir os gastos, Levy disse que o governo vai reduzir os gastos com custeio, reduzir no que for possível com mão de obra, principalmente com terceirizados, além de buscar o aumento da eficiência da arrecadação.