Blog do PCO

Anastasia apresenta hoje seu relatório. Impeachment fica mais próximo

Paulo César de Oliveira
COMPARTILHE

A Comissão Especial do Impeachment conhece hoje o relatório do senador Antonio Anastasia que será lido em sessão prevista para começar ao meio dia. Ontem a comissão se reuniu por mais de doze horas para ouvir três juristas, Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, professor de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro; Ricardo Lodi Ribeiro, professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); e Marcello Lavenère, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e um dos signatários do pedido de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992, fazerem a defesa da presidente Dilma. Como esperado, negaram que a presidente tenha cometido crimes e desqualificaram o pedido de impeachment que Lavenère (foto) chegou a comparar a “uma radioterapia para combater um corte no dedo”. Lido o relatório a comissão terá dois dias para discuti-lo e deverá votar por sua aprovação ou rejeição na sexta-feira. Na próxima semana o Plenário votará o relatório. Se aprovada a admissibilidade do processo, a presidente Dilma será afastada do cargo por até 180 dias, iniciando então a era Michel Temer na presidência da República. Ontem, em solenidade no Palácio do Planalto, quando autorizou recursos para o Plano Safra, Dilma classificou, novamente, o processo de “farsa” e garantiu que lutará por seu mandato, descartando qualquer possibilidade de renúncia.

 

Janot pede autorização para investigar Dilma e Lula

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, atribui à conivência do ex-presidente Lula o esquema de corrupção envolvendo desvios na Petrobras. Para ele, uma organização criminosa como a que atuou na estatal, “jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do Governo Federal sem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dela participasse”. As acusações contra Lula fazem parte de pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal para que o ex-presidente e outras vinte e oito pessoas, entre políticos – como Jacques Wagner e Ricardo Bezoini e Edinho Silva, ministros de Dilma- e empresários, sejam investigados no principal inquérito da Operação Lava Jato. Janot destaca em sua acusação, que Lula, mesmo fora do poder, continua influenciando as decisões do Palácio do Planalto. “Os diálogos interceptados com autorização judicial, não deixam dúvidas de que, embora afastado formalmente do governo, o ex-presidente Lula mantém o controle sobre as decisões mais relevantes, inclusive no que concerne às articulações espúrias para influenciar no andamento da Operação Lavo Jato”. As acusações contra Lula são o resultado da delação premiada de Delcídio Amaral preso por tentar silenciar o ex diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. O procurador-geral propôs também ao Supremo, autorização para investigar a presidente Dilma pelas nomeações de Lula para a Casa Civil e do ministro Navarro Ribeiro para o STJ. O ministro teria sido nomeado para o cargo com o compromisso de proteger empresários envolvidos com a corrupção na Petrobras. O pedido está com o ministro Teroir Zavascki, relator do petrolão.

COMPARTILHE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

News do PCO

Preencha seus dados e receba nossa news diariamente pelo seu e-mail.