A prévia da inflação oficial brasileira acelerou em abril sob pressão dos preços de Transportes, atingindo o resultado mais alto em 10 meses e com avanço em 12 meses no maior nível em dois anos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve em abril alta de 0,72%, depois de subir 0,54% em março, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é o mais forte desde junho do ano passado, quando chegou a 1,11% impactado pela greve dos caminhoneiros. Também é a maior variação para meses de abril desde 2015 (1,07%). A maior influência para o IPCA-15 de abril partiu dos preços de Transportes, que subiram 1,31% em abril e registraram a maior variação no mês, além do maior impacto sobre o índice, de 0,24 ponto percentual. A alta de 3% dos combustíveis foi o principal motivo para o impacto, com destaque para o aumento de 3,22% nos preços da gasolina. Alimentação e Bebidas, com importante peso sobre o bolso do consumidor, teve alta de 0,92%, mas mostrou desaceleração sobre a taxa de 1,28% vista em março. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais apresentou avanço de 1,13%, e juntos esses três grupos responderam por cerca de 85% cento do IPCA-15 de abril. De acordo com o Banco Central, a inflação acumulada em 12 meses atingiria um pico em torno de abril ou maio, para depois recuar para patamar abaixo do centro da meta deste ano.