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Desemprego aumenta, renda do trabalhador cai

A queda de rendimento médio real habitual dos trabalhadores registrada em março de 2014 pela Pesquisa Mensal do Emprego (PME) foi a maior desde janeiro de 2003, se considerada a comparação com mês imediatamente anterior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda caiu 2, 8%, recuando de R$ 2. 196, 76 para R$ 2. 134, 60. Na comparação com março do ano passado, a perda do rendimento foi 3%, maior recuo desde fevereiro de 2004. Com a queda, a renda dos trabalhadores ficou abaixo também da registrada em março de 2013, quando era R$ 2. 136, 71. Em março de 2014, os trabalhadores recebiam, em média, R$ 2. 200, 85. Os funcionários públicos estatutários e militares foram os que mais perderam rendimento na comparação com fevereiro, e também na comparação anual, com quedas de 2, 3% e 3, 1%. No ano passado, a renda média desse grupo era R$ 3. 726, 10, e, neste ano, o valor ficou em R$ 3. 612, 10. Segundo a coordenadora da Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílio, Maria Lúcia Vieira, que apresentou os dados da PME, a falta de reajustes pode ter sido uma das causas da queda.

 

Perderam os servidores públicos, perderam os trabalhadores com carteira

Os trabalhadores com carteira assinada sofreram a segunda maior redução de rendimento, e perderam 2, 1% em comparação com fevereiro e 2, 3% na comparação com março. A renda média desse grupo caiu de R$ 2. 005, 37 para R$ 1. 959, 70, enquanto os trabalhadores sem carteira assinada passaram de R$ R$ 1. 518. 63 para R$ 1. 560, 00, com uma alta de 2, 7%. Em relação a fevereiro, no entanto, esse grupo também perdeu renda, com uma queda de 0, 4%. No rendimento médio habitual dos trabalhadores nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, a maior queda ocorreu em Salvador: a renda caiu 6, 8% na comparação com fevereiro e 6, 9% em relação a março de 2014, chegando a R$ 1. 601, 80, a menor entre as seis regiões. Quem mais sentiu os efeitos da queda no rendimento em Salvador foi o trabalhador por conta própria: a renda caiu 7% em relação a fevereiro e 18, 7% frente a março de 2014. A renda do trabalhador sem carteira assinada no setor privado subiu 9, 1% em comparação com fevereiro e 18, 8% em comparação com março. Porto Alegre teve a segunda maior queda no rendimento na comparação com o mês de fevereiro, de 4, 4%. Em relação a março do ano passado, a região metropolitana gaúcha teve recuo de 3, 5% no rendimento real habitual dos trabalhadores, que ficou em R$ 2. 099, 30. A região metropolitana do Recife foi a única que teve aumento da renda na comparação com o ano passado, com alta de 2, 2%, de R$ 1. 605, 06 para R$ 1. 641, 00. Quando analisado o mês imediatamente anterior, houve retração de 1, 4% na renda. Rio de Janeiro (-2, 6%), Belo Horizonte (-3, 1%) e São Paulo (-2, 3%) também tiveram queda na comparação com fevereiro, e, quando comparadas a março de 2014, essas três regiões metropolitanas tiveram queda de 2, 2%, 2, 8% e 3, 4%.

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