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Agronegócio na pauta do país

Paulo César de Oliveira
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Ex-prefeito e deputado federal, Marcos Montes (foto) assumiu o Ministério da Agricultura no lugar de Tereza Cristina, considerada um dos melhores quadros do governo de Jari Bolsonaro. Mas ela não atuava sozinha. Montes era o seu braço direito e a substituía em suas viagens internacionais. Por isto, assumir o comando da pasta não chega a mudar a sua rotina de muito trabalho e de dar continuidade a agenda de viagens internacionais para a Jordânia, Egito e Marrocos, agenda que está cumprindo agora em busca de novos fornecedores de fertilizantes e apresentando o agronegócio brasileiro.

 O senhor já tinha assumido a cadeira de ministro várias vezes, no lugar da ex-ministra Tereza Cristina. O senhor está mais confortável agora como ministro de fato?

 É uma honra. Essa é uma das pastas mais importantes de um governo que tem olhar voltado para o agro. Eu era o segundo, por isso quando a ministra estava fora, eu ficava no lugar dela, ou viajava com ela. Nós sempre trabalhamos juntos em uma sintonia muito grande. Já tínhamos essa sintonia na Câmara, na Frente Parlamentar da Agropecuária, onde fui presidente. Ela foi minha vice-presidente e depois ela assumiu a presidência. Temos um relacionamento estreito já havia algum tempo e aqui no Ministério não foi diferente. Agora ela precisou sair para se candidatar e eu assumiu de vez.

 O senhor desistiu da política?

 Na política eleitoral eu considero que já cumpri minha missão. Fui duas vezes prefeito, três vezes deputado federal, depois tentei o governo de Minas, acompanhando um dos homens mais corretos e competentes que eu conheço, que é o Anastasia. Mas o povo não quis, então paciência. Estou aqui torcendo para que as coisas deem certo. Voltar a ser deputado eu não quero mais. Já cumpri a minha missão.

 Alguns produtores já estão na terceira safra no Brasil. O senhor acha que essa é uma alternativa também para aumentar a produção, sem avançar em mais áreas?

É verdade, a terceira safra está muito focada no projeto de irrigação no Brasil. O Brasil tem uma área muito pequena que é irrigada. Só 8% da área brasileira é irrigada e temos que fazer um trabalho muito forte de irrigação, de adaptação desse setor para avançarmos. Os países têm uma safra e estamos indo para a terceira e isso vai fazer com que o Brasil seja o grande produtor de alimentos para o mundo. Tanto é verdade que a diretora geral da OMC esteve aqui e ela fez quase uma súplica de que o país tem que alimentar o mundo e para isso, nós temos que produzir mais. O nosso produtor tem tecnologia, tem feito o papel dele e no governo Bolsonaro, que é o governo que mais apoiou o agro, desde que estou aqui em Brasília, mais deu condições para que o agro fosse mais forte, com ajuda ao pequeno produtor, e a resposta vem sendo dada em todos os níveis.

O que o presidente Bolsonaro tem para apresentar ao eleitor na pasta da Agricultura?

 Ele foi o presidente que mais apoiou o agro. O agro é a locomotiva do país. Desde o primeiro dia que ele chegou no governo, chamou os parlamentares e pediu para escolher, não politicamente, mas ele pediu uma indicação de uma frente que luta pelo agro. O agro indicou a Tereza Cristina, e ele deu todas as condições para ela fazer um trabalho, sem a politicagem que existia no passado, que loteava o Ministério. Quando nós chegamos no Ministério, todos os companheiros que estão aqui nas empresas, nas autarquias, como na Conab e outras coisas mais, foram indicações técnicas e deu no que deu: hoje o Brasil é uma potência. O presidente Bolsonaro não está em campanha agora. Ele já fez o trabalho dele, desde o primeiro dia em que ele chegou. Por isso, o reconhecimento dele vem acontecendo cada dia mais, principalmente no setor do agro. Ele não precisa de mostrar agora. Ele já mostrou isso ao longo dos anos. É claro que as consequências disso nós só vamos ver depois, mas esse reconhecimento será a recondução dele. No setor do agro, não tenho dúvida nenhuma será, porque de ponta a ponta do Brasil todos o respeitam e sabe o que ele fez pelo agro brasileiro.

O senhor tem conversado muito com os empresários. Qual é a principal reivindicação deles?

 A reivindicação, principalmente é de espaço, de segurança jurídica para se trabalhar. O que facilitou muito é que hoje não tem mais invasão, não tem esses conflitos onde essas pessoas eram usadas para invadir. Essas pessoas que eram usadas estão sendo inseridas na economia brasileira, porque eles têm direito a crédito, com os títulos que eles. O produtor, o pequeno agricultor, o médio, o grande, o que eles querem é tranquilidade para trabalhar. O plano safra que estamos lançando agora está mais focado na agricultura familiar, o grande vive por conta própria é nós canalizamos os recursos, que não são muitos, para agricultura familiar. (Foto reprodução internet)

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