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Apesar de muitos trabalhando contra, as reformas serão aprovadas

Paulo César de Oliveira
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Os números negativos da economia não parecem tirar o ânimo de setores do empresariado, que estão confiantes de que no segundo semestre a situação no país será outra. O empresário e deputado estadual Bráulio Braz (foto) é um desses otimistas. Para ele, o governo está firme em seu propósito de realizar as reformas e isso é importante para a retomada do crescimento. Ele não acredita que o país caminhe para uma recessão, mas vê muita gente torcendo para que isto aconteça. Ruim mesmo, segundo ele, foi o que aconteceu no governo anterior, com três anos consecutivos de PIB negativo, que só foram revertidos quando Michel Temer assumiu o governo.

 

A queda no PIB no primeiro trimestre era esperada?

Essa queda no PIB não foi boa, o resultado do primeiro quadrimestre não foi tão bom quanto o do ano passado, mas acho que a diferença é pequena. Ao longo do ano vamos voltar a um patamar razoável. Existe muito falatório em torno da reforma da Previdência e isto está tirando o ânimo das pessoas para que comecem a investir. Apesar disso, acredito que essa perda será recuperada ao longo do segundo semestre, com facilidade. Já temos alguns sinais. O aumento do emprego, que não acontecia há muito tempo, já voltou, uma prova de retomada da confiança. Acredito que a situação vai melhorar. Não vamos conseguir chegar ao patamar que era almejado para este ano, mas vai melhorar em relação a essa queda no primeiro quadrimestre.

 

Os economistas têm dito que a recuperação da economia acontece de forma muito lenta e já se fala em recessão. O senhor acredita que o país caminha para a recessão?

Não, pelo seguinte: a pior fase já passou. Aquela em que nós tivemos três anos de PIB negativo pela primeira vez na história do país. Desde 1910 só havia crise, com PIB negativo durante um ano. Nunca tinha acontecido de passar de um, dois, até três anos, como aconteceu no governo anterior. Tanto que, quando Temer assumiu, ele conseguiu reverter essa situação. A questão agora é a de navegarmos positivo, mas pequeno ainda, mas com objetivos melhores para o segundo semestre. Outra coisa, a atitude do governo de ficar firme na sua posição de fazer as reformas necessárias para o país, mesmo com os adversários torcendo contra e atrapalhando muito, acredito que essa etapa será vencida. Esses questionamentos muito negativos todos os dias, semanas e meses, são cinco meses de bombardeio em cima do governo, torcendo para que as coisas deem errado. Estou confiante que este ano ainda será bom e não apenas eu, a indústria e o comércio também estão. Esperávamos, realmente, um crescimento maior, que não vai se realizar sem as reformas. A questão fiscal no país também é complicada. A passeata que aconteceu no último domingo foi uma mostra de que o povo quer as reformas e está confiante de que ela vai acontecer realmente.

 

Em relação ao setor em que o senhor atua, que é de vendas de automóveis. O senhor está sentido alguma diferença?

Existe um comparativo que é feito ao ano e com o mesmo mês do ano anterior e nesses levantamentos feitos por nós não houve crescimento.

 

O senhor vai assumir a presidência do PTB em Minas?

Essa é uma conversa que estamos tendo porque o nosso presidente, Dilzon Melo, está querendo tirar uma licença porque ele vai ficar no interior por uns tempos e vai ficar difícil para ele conciliar o trabalho nas fazendas porque na capital é para onde convergem os políticos e é preciso que ele esteja mais disponível para atender aos nossos correligionários, principalmente os que moram no interior. Por isso devo assumir sim.

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