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Marcela Ohana: Moda e trabalho

As mulheres têm ocupado, cada vez mais, espaço no meio empresarial. Esse é o caso de Marcela Ohana(foto). Apesar de ter se formado para ser advogada, seguiu o caminho trilhado pelo pai, o empresário Salvador Ohana, da Klus, e com ele, fundou a Dash, empresa especializada em uniformes para empresas para, não só atuar em um espaço extremamente dinâmico, como incorporar moda, serviço e bem estar.

Você é de uma família que trabalha com alfaiataria, com moda. Como é lidar com isso e quem é você nesse universo?

É muito difícil ao longo da vida nós nos distanciarmos da forma como fomos criados. Minhas primeiras memórias são na alfaiataria do meu pai, escolhendo o tecido… Isso me formou muito como pessoa Apesar de eu ter me formado advogada e depois ter estudado negócios, eu sempre tive essa faísca da moda dentro de mim e um pouco mais velha, resolvi trabalhar com meu pai, o que para mim foi um grande encontro com a minha essência. Hoje eu trabalho com meu pai. Somos sócios na nossa empresa de uniformização corporativa, a Dash. Eu estou à frente da empresa já tem 14 anos e me encontrei. Tenho muita sorte em ter um mentor e um alguém com quem eu possa dividir as dificuldades de ter uma empresa no Brasil, como meu pai que é meu grande companheiro e mentor.

Como uma mulher lida nesse mundo de ternos e uniforme?

Meu pai e minha mãe me criaram como uma pessoa, uma mulher, muito forte e corajosa, independente de questões que estão relacionadas ao fato de ser mulher. Até há pouco tempo eu nem percebia que em determinadas falas ou determinados momentos alguém estava sendo preconceituoso comigo, porque eu tenho tanta segurança em mim, nas coisas em que eu acredito e na posição que eu ocupo, que eu não me dava conta. Só quando eu amadureci um pouco mais que eu comecei a perceber e falei, “opa, esse comentário às vezes não foi tão legal” ou isso não foi uma coisa pertinente de ser falada. Hoje eu encaro com muita segurança esses desafios relacionados ao dia a dia e acredito que quem teve o privilégio de ter uma boa criação, uma boa educação no Brasil, deve ser um agente de mudança. O meu papel hoje, estando à frente de uma empresa, é trazer mais mulheres comigo, dar oportunidade para as pessoas e fazer a diferença.

As empresas, as pessoas, estão pensando diferente no uniforme, em como se vestir numa empresa?

Olha quando eu comecei na Dash há 15 anos, brinco que o meu primeiro desafio era ver uma pessoa usando os nossos uniformes fora das empresas. Há 15 anos não se falava muito em ter um uniforme de qualidade, com informação de moda ou que valorizasse o funcionário. Hoje, depois de 15 anos à frente da Dash, posso afirmar que essa realidade mudou. Hoje nós vemos as pessoas usando as nossas roupas, usando os nossos uniformes em eventos em happy hour, se sentindo felizes e com sentimento de pertencimento no trabalho. Isso é muito maravilhoso, eu acho que a nossa métrica de sucesso é a transformação pela imagem. É ver o outro se sentindo confiante para conquistar seus objetivos.

Uniforme não tem que ser uma espécie de prisão?

Nada tem que ser uma prisão na verdade. O uniforme tem que valorizar o profissional para ele conseguir enfrentar os desafios do dia a dia, é uma ferramenta. (Foto/ Marcela e seu pai Salvador Ohana)

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