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Economia e política em tempos de pandemia

Muitas empresas não conseguiram se adaptar a essa nova forma de comunicar com o consumidor, desde que o mundo foi afetado pela Covid-19. A pandemia mudou o mundo e no Brasil não foi diferente. A falta de preparo, o desconhecimento em relação a internet e as suas possibilidades se tornaram uma barreira intransponível para muitos, que acabaram fechando as portas. O presidente do Sebrae, Carlos Melles (foto), disse que ao perceber a dificuldade, principalmente dos pequenos empresários, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas entrou para suprir essa carência e para ajudar a enfrentar essa fase e, nesse processo, o Sistema S tem sido fundamental para facilitar a transposição dessas barreiras. Difícil mesmo é convencer o ministro Paulo Guedes da importância do Sistema, mas a pandemia, segundo Melles, está ajudando nessa compreensão. Melles também entende que esse realinhamento das forças políticas nas eleições municipais está no caminho dessas mudanças que a população está trilhando.

Como convencer o ministro Paulo Guedes da importância do Sistema S?

Acho que hoje ele já está convencido. Entendo que já não se fala quase mais nada no sentido de reduzir o Sistema S. Têm ocorrido declarações de modo geral da sociedade e do próprio governo central sobre a importância do Sistema para a retomada da economia brasileira. A Confederação Nacional do Comércio coordena de 60 a 65% do comércio do Brasil, a indústria, da mesma forma. A agricultura também. O Sebrae faz o alinhamento de todos, agrega todo mundo nesse apoio para melhorar o índice sobretudo de produção e produtividade. Acho que hoje isso está pacificado e que o Sistema pode ajudar mais do que atrapalhar o país.

O senhor, como político, como avalia a realização do processo eleitoral em plena pandemia da Covid-19?

A forma como se tinha que fazer, foi feita. Estendeu-se o prazo da votação, que mostrou ter sido uma medida certa. É preciso cuidado poque está havendo um aumento da doença, mas o Brasil deu um bom exemplo de agilidade e competência nas eleições. O processo ocorreu normalmente.

Nós vimos nessas eleições grande partidos encolhendo e o DEM, a legenda do senhor, cresceu nas eleições municipais. Está havendo uma mudança nessa correlação de forças?

Nós tivemos esse ano a primeira eleição sem a coligação nas chapas de vereadores. Isso foi muito educativo. Nesta próxima eleição, que também será para a presidência da República, esse processo vai começar a promover uma seleção maior dos partidos. Haverá uma diminuição dos partidos. A redução vai fortalecer as legendas que tiverem a percepção de caminhar mais ao encontro aos anseios da sociedade. Essas eleições, talvez demorem um pouco para corrigir as coisas, mas estamos sentindo que estão sendo corrigidas muitas distorções do período anterior. Um exemplo é que a extrema esquerda e a extrema direita estão cada vez mais fora do jogo. Isso está cada vez mais claro. Isso é mais visível em relação ao que está acontecendo com o PT. A extrema esquerda está pagando um preço mais alto agora. Amanhã pode ser a extrema direita que também venha a pagar um preço mais alto.

É um realinhamento das forças mais para o centro?

 Cada vez mais o centro vai se organizar no sentido moderado, um pouco mais à esquerda, um pouco mais à direita, mas vai trazer uma melhor percepção para a sociedade escolher. Parece que a tendência caminha por aí, para o aperfeiçoamento do nosso processo democrático, que é muito novo ainda. O MDB sempre será um partido das bases. Sempre terá muitos vereadores, vai ter mais prefeitos e sempre será um partido de apoio. Ele faz esse papel. Temos outras situações como o PSD, que é uma costela dos Democratas. A direção política é a mesma. Se fizermos um balanço dos dois, são os partidos que mais cresceram. O PSDB terá que se reinventar, porque perdeu muito dos seus principais líderes, mas é um partido vigoroso. O processo político partidário também vai sendo depurado.

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