Empresário bem-sucedido e inovador, o presidente do Grupo Supernosso, Euler Nejm (foto/reprodução internet), sabe, como poucos, como sobreviver e crescer no mercado brasileiro. O segredo, segundo ele, é trabalhar muito e pensar sempre em crescer os negócios. Além disso, ele já trabalha a sua sucessão, mesmo que não pretenda passar o cargo tão cedo.
Esse é um mercado muito competitivo. Como sobreviver a concorrência em um país com a economia tão frágil?
É um mercado concorrido. Extremamente concorrido. Temos que acordar mais cedo, dormir mais tarde, trabalhar sempre um pouco mais porque temos que pensar sempre em crescer os negócios. Se a gente pensar em manter, você já está caindo. O empresário sempre tem que pensar em prosperar, crescer os investimentos e acertar o momento de investir, o momento de recuar.
Passado esses primeiros meses do governo Lula, o que pode se esperar a partir de agora, inclusive quanto a queda da taxa de juros?
Todo início de governo tem mudanças. Elas são naturais. Acho que as mudanças são promissoras. A perspectiva é positiva com a queda de juros, o consumo deve aumentar. Nós, como empresários, temos entusiasmo em investir. A economia precisa de girar e importantes medidas estão para vir, sendo a reforma tributária a principal.
Como empresário inovador, como é a receptividade às mudanças que o Grupo Supernosso tem promovido?
O Grupo Supernosso tem essa característica inovadora. Está no nosso DNA e às vezes pagamos o preço por inovar. Mas de modo geral, é satisfatório poder trabalhar na multicanalidade, dependendo do momento do shopping, do consumidor, do comprador. Tem o Apoio Mineiro, que pode abastecer uma compra mais substancial, com abastecimento de mês. O Supernosso com abastecimento semanal e o Momento Supernosso, que é um abastecimento de conveniência, diariamente, onde também procuramos estar pressentes, além da distribuidora, que atende mais de 800 municípios em Minas Gerais.
A distribuidora teve um avanço que surpreendeu?
A distribuidora está surpreendendo, graças a Deus, com trabalho e dedicação. A distribuidora era coadjuvante do nosso negócio e hoje ela é importante canal de resultados de serviços, de reconhecimento.
Hoje são quantos pontos do Grupo Supernosso?
São 72 pontos de venda, fora o digital, que vem crescendo muito, não só com a pandemia que foi uma onda em que o mercado surfou. Mas nós estamos felizes com esse canal também, que é o digital e continuamos dando sequência a um crescimento substancial, de mais de 20% ao ano.
Seus filhos estão trabalhando com você. Já está preparando a sucessão?
Acho que essa é a maior riqueza que um pai, um empresário, possa ter. Os filhos tomaram gosto pelo negócio. O Rodolfo, a Rafaela tem uma função importantíssima na empresa e eu fico muito feliz com isto.
Não vai ter problema com sucessão, não é mesmo?
Tenho que ficar esperto, porque senão me mandam embora. Tenho que estar me atualizando. Acaba que fica uma disputa saudável, de quem vai suceder. Mas o Rodolfo é o primeiro sucessor e está sendo bem preparado para isso.