O presidente do Conselho da Rede Mater Dei, Henrique Salvador (foto/reprodução internet), é quase uma unanimidade na área de saúde. Colecionador de prêmios no setor, ele também se destaca pelo empreendedorismo e pelo crescimento do Grupo, que ultrapassou as fronteiras de Minas Gerais. Mas além do avanço dos serviços prestados pelo Mater Dei, na pandemia da Covid-19, Henrique Salvador disse que o Grupo foi importante, principalmente ao disponibilizar respiradores para a população.
A saúde no mundo suporta mais pandemia?
Acho que a pandemia ensinou muita coisa para gente. Mostrou a importância da estruturação do sistema de saúde para suportar momentos de estresse para a humanidade. Eu acho que nós poderemos sim, conviver com outros momentos como esse, porque vírus são mutantes. Eles mudam, eles surgem mesmo por diversas razões e eles podem, sim, acometer o ser humano com maior ou menor gravidade. Na verdade, isso vai acontecer, não tenho a menor dúvida disso e o que precisamos é que os sistemas de saúde estejam organizados para isso. O Brasil tem um SUS que é um patrimônio do brasileiro, mas os sistemas privados saúde também contribuíram muito para esse momento da pandemia.
Como foi essa contribuição?
Nós, no Mater Dei, nos envolvemos com a fabricação e expertise para fabricação de respiradores. Não sei se vocês se lembram, nós vivemos um momento que não tinha respirador. As pessoas estavam morrendo por falta de respirador. Nós emprestamos uma ala grande do nosso Mater dei Betim/ Contagem para montagem de leitos para o SUS. Nós montamos uma área de consultoria para que as pessoas pudessem retornar ao trabalho. Nós montamos leitos de UTI no Pará, onde a situação estava muito crítica, em associação com a companhia Vale do Rio Doce, com o hospital que a Vale tem no Para. Nós montamos lá leitos de UTI, fornecemos além de equipamentos, médicos e enfermagem, ou seja, as instituições que são instituições cidadãs e solidárias, como Mater dei, por exemplo, elas se movimentaram muito para independente da pessoa ter plano de saúde ou não, ajudar a humanidade neste momento.
Essa parceria pode se repetir?
Penso que a questão da solidariedade é uma mensagem que ficou. Mas, mais o que é isso, é preciso sim, estruturar sistemas de saúde de tal maneira que a gente tenha a condição de suportar o atendimento as pessoas em momentos de estresse, pois eu acho que vão surgir outros.