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Infectologista diz que procura por informações do Covid 19 aumentou

Paulo César de Oliveira
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Ao menor sinal de uma gripe muitas pessoas têm procurado informações nos hospitais e postos de saúde para buscar o atendimento adequado. A procura é grande e os médicos, especialmente os infectologistas, tem passado boa parte do tempo acalmando e analisando o quadro dos seus pacientes por telefone e WhatsApp, principalmente. Este é o caso do infectologista Rodrigo Farnetano (foto), que também dá suporte técnico ao Hospital Mater Dei e na clínica onde trabalha. Ele tira algumas dúvidas de quem está em isolamento social.

 

O senhor tem sido muito procurado?

Muito via WhatsApp e por telefone. No consultório não atendi nenhum caso. Estou mantendo em escala reduzida o controle de doenças crônicas que acompanho. Não podemos deixar de fazer o controle de doenças crônicas, complicações infecciosas que não tem nada a ver com o Covid. Nós estamos com triagem por telefone e organizando o atendimento para que possamos fazer o atendimento seguro na Clínica para os casos que não sejam suspeitos de Covid 19 e síndromes gripais. Esses casos devem ser atendidos em prontos socorros.

 

O trabalho do infectologista nesse processo de pandemia ajuda a organizar o atendimento médico?

Os infectologistas têm dado suporte para os colegas e instituições, na criação dos protocolos, dos fluxos, da discussão com a alta direção, com todos os setores, como é o caso do Mater Dei, instituição onde trabalho. O Hospital tem hoje uma mobilização sistêmica, vai da alta direção a todos os setores, até administrativos, médicos, não médicos, colaboradores, estão todos mobilizados para que o hospital possa prestar um atendimento seguro e o infectologista tem um papel técnico nisso tudo. Damos orientações por telefone e suporte para propiciar aos colegas as ferramentas para que eles possam continuar trabalhando e direcionar o paciente que precisa ir para o hospital.

 

A alimentação pode interferir para ficar mais resistente ao vírus?

Não. A alimentação que vamos recomendar é a mesma para qualquer cidadão no mundo. Alimentação saudável, mais natural possível, diversificada, balanceada e seguir as boas práticas de limpeza e higienização na hora de fazer as refeições.

 

Há uma pressão para que a economia volte a funcionar. Algumas cidades no interior nem chegaram a aderir a esse distanciamento social. Essas questões interferem no combate ao vírus?

Existe uma recomendação federal que deveria, pelo menos, ser observada, seguida. É um assunto extremamente delicado, porque é difícil ter certeza absoluta nesse momento. Por outro lado, vemos uma crise em potencial na nossa frente e vãos ter que aprender a lidar com essa crise, nos reinventarmos, porque o impacto do distanciamento social gera prejuízos para qualquer país. Por outro lado, não seguir tem mostrado o que aconteceu em outros países. Torcemos para que as nossas autoridades tenham o maior suporte técnico possível para tomar as decisões. Existe um esforço não só nacional, como internacional para ver qual o melhor caminho a ser seguido. Mudou nas últimas semanas e a tendência é a de continuar mudando, e as coisas vão ficando mais claras, para ver qual decisão tomar.

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