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Nely Aquino: Um novo caminho

Paulo César de Oliveira
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Eleita pelo Podemos para o primeiro mandato de deputada federal, a presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nely Aquino (foto), ainda briga pela vaga com outro vereador na Justiça. Mas já teve o aval do TRE e do Ministério Público Eleitoral. Confiante de que esse assunto já foi resolvido nas urnas, Nely pensa nos projetos que vai defender na Câmara Federal a partir de fevereiro.

A sua vaga na Câmara Federal ainda está sendo questionada na Justiça, mas até agora, a senhora está ganhando em todas as instâncias. Está confiante?

Estou segura de que vamos ganhar, até porque a eleição termina na urna e eu ganhei no voto. Ganhei no dia 2 de outubro, as outras questões agora judiciais eu deixo para os advogados, mas estou tranquila como candidata eleita para assumir lá, em fevereiro se Deus quiser.

Como deputada federal que bandeira que você pretende defender na Câmara?

Eu quero ampliar a minha discussão com relação aos direitos das mulheres, principalmente o direito à vida, diante de um número tão grande que nós estamos tendo de feminicídio. A saúde é uma pauta muito cara para mim, principalmente na parte oncológica, já que eu venho de um tratamento de câncer de mama. Acho que nós temos que voltar os olhos para essa situação com tantas mulheres morrendo todos os anos por falta de um tratamento preventivo para evitar que chegue ao ponto de perder a vida. Mas são muitas pautas. Eu fui muito bem votada no norte de Minas, então tenho um carinho muito grande por essas cidades e todas as cidades que me acolheram. Quero desenvolver um trabalho sério para nosso estado.

Essas cidades no Norte de Minas são carentes de atendimento. É uma boa oportunidade de contribuir?

Sim. A minha origem é uma origem simples e fui acolhida por um público simples também e que precisa de políticas públicas voltadas para ele. Aqui em Belo Horizonte, eu trabalhei pela periferia e lá eu vou trabalhar para cidades mais simples para o povo mais simples, que realmente precisa de ter a sua voz valorizada.

Qual o legado que será deixado na Câmara Municipal?

Foram 6 anos como vereadora, 4 anos como presidente da Câmara e mostrei que tem como fazer um trabalho de diálogo, de conversa, apesar da dificuldade com o ex-prefeito, que não era uma pessoa voltada ao diálogo. Mas a instituição conversou muito bem com as outras instituições e com os próprios vereadores, com uma base de muito respeito e de valorização do Legislativo, entendendo que a Câmara Municipal não é puxadinho da prefeitura, é um Poder independente representando o belo horizontino.

Como será esse encerramento dos trabalhos?

No dia 12 de dezembro agora temos as eleições da presidência da mesa. No dia primeiro de janeiro já não sou mais presidente. Saio da Câmara no dia 31 de janeiro. Todas as principais discussões da cidade são feitas dentro da Câmera, onde é o espaço real de diálogo. Encerro meu mandato deixando uma casa aberta para toda a cidade, uma casa acolhedora. (foto/reprodução internet)

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