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Blog do PCO

Os caminhos do diálogo

Desde que assumiu o mandato de senador, no lugar de Antonio Anastasia que agora é ministro do Tribunal de Contas da União, Alexandre Silveira (foto) vem ocupando um importante papel na construção de unidade para votação de matérias importantes. Essa agilidade política fez com que o presidente Jair Bolsonaro buscasse nele o apoio que precisava para um líder de governo. Mas Alexandre Silveira entende que pode trabalhar sem precisar estar a serviço do governo. Além disso, ele terá um papel importante nas eleições por ser presidente regional do PSD e membro da executiva nacional do partido.

O senhor foi convidado a liderança do governo no Senado. Foi uma surpresa, já que o senhor nem tinha assumido o mandato de senador?

Para mim foi uma surpresa muito grande, um senador no seu primeiro dia de mandato já ser convidado pelo presidente da República para ser líder de governo. Isso é muito em consequência do meu perfil. Foi a pró atividade nossa no ano passado, de ajudar nas pautas importantes não só para o governo, mas para o Brasil. Na minha articulação aconteceu, por exemplo, a Medida Provisória de capitalização da Eletrobras, que é um projeto de cabotagem importante para a estrutura nacional. Participei muito ativamente como diretor do Senado, na articulação do projeto das ferrovias, que é um projeto autorizativo e que, inclusive, ajuda muito Minas. O projeto cria novos ramais ferroviários, como o ramal Pirapora – Unaí, passando por todo o Noroeste, levando a nossa produção. Em consequência disso, todos os ministros defenderam a proposta. Cheguei no Congresso com uma grande prioridade: de honrar os mineiros, fazer valer a minha visão executiva, com a minha experiência como parlamentar, como secretário de Estado de Saúde, secretário de Estado de Gestão Metropolitana, como diretor-geral do Dnit. Carrego uma carga de experiência tanto legislativa, quanto experiência no executivo. Isso me faz ter uma visão para encurtar o caminho para poder socorrer a nação brasileira.

O senhor também é presidente do PSD em Minas. Como conciliar as atividades partidária e parlamentar? 

Sou presidente em Minas e secretário geral no PSD nacional, estou junto om o Gilberto Kassab. Uma das coisas que mais me marcou em minha trajetória política, foi a oportunidade de, com o presidente do Senado, do Congresso Nacional, ter recebido mais de 840 prefeitos pessoalmente. Estive presente na Educação, na da infraestrutura, no governo e muitas dessas demandas mais de 90% delas serão atendidas. Foi mais de R$ 1 milhão injetados na economia mineira e na qualidade de vida do povo brasileiro. São questões que a gente conseguiu que foram muito marcantes, porque esse era um espaço quase inacessível aos prefeitos e passou a ser uma extensão dos municípios mineiros. Na minha vida pública sempre prezei muito pelo municipalismo, que é ter a consciência que é nas cidades que a vida das pessoas acontece. São os prefeitos, as lideranças locais, os vereadores, os secretários municipais que sabem onde o calo está apertando, sabem quais são as grandes prioridades, se é a saúde, se é a estrada vicinal, se é a geração de emprego e renda, onde que nós vamos melhorar a qualidade de vida das pessoas. Foi histórico criar essa sinergia da presidência do Congresso Nacional, de um gabinete de um senador, com os prefeitos municipais de forma muito mais vigorosa do que o normal. Isso faz com que isso só aumente o nosso compromisso de continuar defendendo a causa municipalista, que consequentemente é uma causa que defende resultados efetivos para a vida da população.

Como presidente do PSD e como candidato à reeleição agora, como que vai ser esse trabalho o senhor que é um grande articulador político?

Não posso negar que realmente o nome da gente surge como uma possibilidade, até porque seria um candidato natural, porque eu estaria exercendo o mandato de senador da República. Confesso que eu estava há sete anos sem mandato, mas em nem um minuto desses sete anos deixei de exercer atividade política. Isso é algo para o qual eu me julgo vocacionado. Exercer a atividade política para mim nada mais é do que dar sequência a minha trajetória de servidor público e parlamentar.

Essa polarização na política acaba afugentando outras candidaturas?

Acho que a polarização radical que nós vivemos nos últimos 10 anos fez mal ao Brasil. Isso é uma constatação. No momento de uma doença que foi tão triste, tão arrasadora, que sensibilizou a todos nós, que ceifou a vida de mais de 650 mil brasileiros ela me trouxe, particularmente, um sentimento muito forte da necessidade de empatia, colocar no lugar do outro. É o que está faltando no Brasil. O Brasil dividido é um Brasil diminuído. O Brasil unido é um Brasil maior, mais vigoroso, mais justo. A palavra que mais me toma alma nesse momento, como mandatário em Minas, representando Minas, um estado tão pujante como o nosso, na Casa alta do legislativo brasileiro é a união. Acho que aquele que tem responsabilidade com o público, responsabilidade social, tem que pregar o mínimo de união, o mínimo para se buscar uma pauta de convergência em torno dos problemas reais do povo brasileiro, senão nós ficamos só na retórica. Quando estamos tratando simplesmente da teoria é muito fácil. Nós temos que tratar é de questões pragmáticas, de como é que vamos socorrer o povo brasileiro nesse momento de tanto desalento. Depois temos que construir soluções de médio e longo prazo para a nação brasileira que, diga-se de passagem, é o celeiro do mundo. Nós temos tudo, temos clima, água, solo, dimensão territorial, com um povo trabalhador, que é apreciado, admirado pelo mundo inteiro. Quando o brasileiro vai trabalhar fora, ele faz o diferencial. Nós vamos fazer o diferencial é aqui dentro, construindo uma sociedade mais justa, mais unida, mais fraterna e mais igual. (Foto reprodução internet)

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