A posse do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) ontem, em Brasília, está criando uma forte expectativa entre os empresários mineiros, que aguardam que sejam feitas as mudanças necessárias para o país voltar a crescer. Para o presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr (foto), algumas ações já ajudariam bem, como baixar os juros e disponibilizar capital de giro. Com essas medidas, o setor reagiria rapidamente a esta crise. Mas lembra que ele precisa de apoio no Congresso e fora dele para conseguir fazer os ajustes.
Que medidas o presidente em exercício pode tomar para ajudar o setor produtivo?
Ele deveria baixar os juros e disponibilizar capital de giro para as empresas. Se o presidente Michel Temer fizer isso, o resto vem em função dessa decisão.
O senhor acredita que ele terá o apoio necessário para implementar as mudanças para a retomada do crescimento?
Eu não tenho dúvida. O que está em jogo não é uma empresa ou outra, é o futuro do país. Nós temos, todos, de nos unir, da mesma maneira que iríamos nos unir se a presidente Dilma ficasse. Nós precisamos melhorar esse país, mas isso tem que ser feito por todos nós.
E no Congresso Nacional, o senhor acredita que o PT vai criar problemas para o governo Temer?
Eu acredito que ele terá o apoio necessário, porque nós todos precisamos de garantir essas mudanças. Basta de desmandos. Basta de termos um país nessas condições que estamos agora, quando podemos ser bem melhores.
O presidente em exercício Michel Temer terá pouco tempo para mostrar serviço. O senhor acha que o ministério anunciado por ele é o ideal para promover essas mudanças?
Os nomes que ele buscou são os que estão disponíveis e são as pessoas em que ele confia. Nós esperamos que nessa escolha, ele tenha tido o discernimento para escolher as pessoas que tenham capacidade e condições para ajudar. Para mim o tempo é suficiente. O Itamar Franco quando esteve na mesma situação, mudou o país. Se o presidente Temer efetivamente tiver uma postura de estadista, que é o que nós precisamos, ele vai mudar o Brasil sim.
Essa redução no número de ministérios terá algum efeito nas contas públicas?
Para mim o problema maior não é o custo, o tamanho. O que me preocupa é qual a necessidade da existência de algumas pastas. No mundo inteiro não existe desta maneira. A economia que se vai fazer não é relevante em termos do país. Mas o exemplo que se dá com esse tipo de ação é o que nós estamos precisando.