Logo
Blog do PCO

Procura-se boas ideias de bons empreendedores

Para muitos investidores o futuro está nas startups, as empresas embrionárias de onde saem ideias revolucionárias. Grandes corporações e empresas já entenderam que é com essas novas ideias que o mundo vai chegar ao futuro e buscam entrar nesse universo criativo. O grupo BMG está entrando nesse mercado e para tanto criou a BMG Uptech, que tem Rodolfo Santos (foto) como um dos responsáveis por encontrar boas ideias para investir. Esta, segundo ele, é uma missão árdua, complicada, mas cheia de surpresas.

 

O que é a BMG Uptech?

A Uptech é uma empresa do grupo BMG e foi criada para investir em startups. É uma iniciativa do banco cujo objetivo número um é ter o retorno financeiro das startups, ou seja um “venture capture” e, em um segundo momento, que é consequência do primeiro, trazer inovação para dentro do banco.

 

Como é o processo de escolha das startups em que o banco poderá investir?

Hoje estamos fazendo a escolha a partir do mercado. Vamos até as aceleradoras ver as startups que estão despontando no mercado e temos algumas iniciativas junto com a Fiemg. O BMG está apoiando o Fiemg Lab, um programa muito interessante, que já foi lançado, em uma iniciativa muito bacana da Fiemg. Nós vamos lançar também alguns programas próprios do BMG, provavelmente até novembro, estaremos lançando um programa do BMG.

 

É uma linha de financiamento ou é investimento?

 

É investimento mesmo. É capital de risco, sem cobrar nada de juros da empresa. Nós queremos ser sócios dessas empresas em troca do investimento.

 

Qual a disponibilidade para isso. Existe um limite?

Hoje não temos um bound, ou limite. Nós estamos entrando agora, conhecendo o mercado e estamos caminhando aos poucos. Ainda vamos ver em quantas startups nós vamos conseguir investir. Atualmente estamos praticamente fechados com quatro startups e tem mais quatro que estamos fazendo diligências.

 

Tem algum setor que interessa mais ao BMG?

Nós não estamos limitados a setor. Mas naturalmente nós damos preferência para aquelas empresas que têm algo a ver com o grupo BMG ou com o banco. O grupo atua na área agropecuária, na área de geração de energia, de câmeras frigoríficas portuárias e, se somarmos tudo, tem o mercado inteiro aí. Mas não estamos limitados, temos empresas na área hospitalar, apesar de darmos preferência para algumas.

 

 Como saber se aquela startup vai dar certo? É possível saber?

É uma missão árdua e bem complicada. Em um planejamento normal de empresa tradicional, fazer um plano de negócio para cinco anos já é difícil, imagina uma empresa que ainda não teve faturamento, que não tem no mercado nada igual? Então, é muito feeling. As pessoas acham que se trata muito da ideia. Mas o que procuramos é a qualidade dos empreendedores, porque tudo aquilo só vai se consolidar se o empreendedor for bom e ultrapassar as barreiras. E são várias as que ele vai encontrar ao longo do caminho. Muito mais importante do que a ideia é a qualidade do empreendedor. O grande desafio de uma startup é a de solucionar um problema, uma dor de mercado. A partir do momento que a empresa consegue detectar uma dor do mercado, que seja escalável e que resolva o problema da sociedade, ela se torna uma startup de sucesso.

 

Parece que Minas Gerais virou um lugar de desenvolvimento de startups. O estado tem investido nessas empresas embrionárias?

Na verdade, tem um grande incentivo do governo do estado e Minas Gerais tem muito espírito de comunidade. Esse negócio de startup é uma ajuda mútua e é uma cultura que veio do Vale do Silício e que o mineiro tem naturalmente. São Paulo é o maior mercado de startups do Brasil, por conta do tamanho e das empresas que estão lá, mas esse espírito de comunidade que tem em Belo Horizonte e em Minas Gerais, está levando a esse crescimento tão rápido de Minas nesse mercado de startups.

 

A São Pedro Valley é um exemplo desse investimento?

É um grande case e foi duas vezes escolhido como a melhor comunidade de startups do Brasil e é invejável o que se faz em São Pedro Valley, o engajamento que eles têm, a preocupação de ajudar um ao outro, a preocupação política de entender o que os políticos estão fazendo.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *