Daqui a pouco mais de um mês, o PSDB vai realizar as suas prévias para escolher o nome que vai defender o partido nas eleições presidenciais do ano que vem. Minas Gerais é um dos estados onde os candidatos têm dispensado boa parte de suas atenções para conquistar os votos necessários. O primeiro a buscar os votos dos convencionais mineiros foi o governador de São Paulo, João Doria. Depois foi a vez do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também buscar apoio no ninho tucano. O vice-presidente nacional do partido, deputado federal Domingos Sávio (foto), entende que essa disputa é importante e faz parte da democracia interna do PSDB.
O clima é de disputa no PSDB?
Entendo que o PSDB está pacificado, com perspectivas positivas no âmbito nacional, porque nós temos hoje o privilégio de ser um partido nacional e que tem bons nomes, mais de um bom nome para disputar as prévias para a escolha de quem vai representar o partido. Uma coisa é certa, precisamos estar unidos e para isso, o primeiro passo é saber respeitar a todos. Mesmo porque, os três nomes- hoje temos três nomes: o governador João Doria, o governador Eduardo Leite e o ex-senador Arthur Virgílio-, são nomes com uma história de serviços prestados que os qualifica para serem presidente do Brasil.
Os atritos internos prejudicam o partido?
O PSDB deve fazer o exercício democrático interno, mas de forma respeitosa. Uma pessoa mostrar opção por um ou outro candidato é absolutamente natural. O que tem sido preconizado é que devemos nos limitar a fazer a defesa do nome que acreditamos ser a melhor opção, sem que tenhamos restrição ou posicionamento contrário a outro colega de partido.
O senhor acompanhou João Doria em Belo Horizonte, como é essa relação?
Tenho uma relação com o governador João Doria de antes mesmo da vida pública. Uma relação comigo e com familiares e na política, passei a respeitá-lo ainda mais pelo trabalho que ele tem feito em São Paulo. Não só como deputado federal, mas como vice-presidente nacional do partido, entendo que é um privilégio ter nomes tão bons como o de João Doria como candidato.
O ruído maior está vindo da bancada mineira, por que?
Acredito que existem questões pessoais e defendo que isso não deve interferir, porque esse é um processo que temos que analisar do ponto de vista do interesse do país. O PSDB tem responsabilidade para com o país e nesse momento acredito que devamos agir como bombeiros, como pacificadores e evitar qualquer discórdia interna. Divergências de opinião são saudáveis na democracia e não devemos passar da disputa no campo das ideias. As pessoas devem buscar na política a convivência respeitosa e civilizada principalmente, quando estamos dentro de um mesmo partido. (Foto reprodução internet)