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PTB buscar reencontrar o seu caminho

Preso há três meses, suspeito de integrar uma organização criminosa contra a democracia, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, causou estragos no partido. Ele deixará definitivamente a presidência do PTB e terá como sucessora Gabriela Nienov até a convenção da legenda, marcada para o dia 30 deste mês, quando será escolhido um novo presidente. Jefferson foi afastado por seis meses da presidência do PTB na semana passada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, que atendeu a pedidos de correligionários de Jefferson. Todo esse imbróglio afetou o partido, segundo o presidente do diretório do PTB em Minas Gerais, Braulio Braz (foto). Mas ele avisa que o partido terá chapas fortes para as eleições do ano que vem.

Como está a situação do PTB diante dos problemas enfrentados pela executiva nacional?

Em primeiro lugar, nós tivemos um longo período político, onde não existia direita. O nosso partido sempre foi de direita e não tinha a filosofia de ser de direita porque havia muitas composições partidárias. O nosso partido decidiu essa situação. Nós somos um partido de direita, não de extrema direita, não existe isso. É um partido cristão, conservador, da família. Esse é o nosso ponto de vista. O problema é que quando tem as votações no Congresso Nacional, eles desconhecem esses detalhes do partido. Agora nós temos um regimento que cobra isso de nós. Nós não vamos criticar ninguém, porque no Brasil todo o nosso partido terá candidatos, que querem ser candidatos pelo PTB e o partido está indo bem, organizado. Nós vamos eleger deputados federais, independente dos atuais, nós vamos montar chapas, e quando em uma chapa não tem deputados eleitos, fica mais fácil para o candidato se eleger. O deputado eleito já tem a votação maior.

A prisão de Roberto Jefferson trouxe traumas para o partido?

Com certeza. Nós ficamos contrariados com isso, mas nós vimos que durante um tempo ele provocou muito o ministro Alexandre de Moraes e o ministro o está castigando agora e está, inclusive, segundo alguns, agindo de forma ilegal. Mas não sou jurista para saber onde começa e onde termina o direito de expressão do cidadão de acordo com a Constituição. A Justiça é que decide onde começa e onde termina o direito de alguém, então eles falam que o cidadão exacerbou e não nos cabe discutir isso. Nós vamos tocando nosso mandato de servir ao país, no momento, servindo ao estado e vamos aguardando os acontecimentos.

Diante do quadro atual, como o partido vai para a disputa no ano que vem?

Nós, em Minas, não vamos lançar candidato a governador, isso nós já decidimos. O PTB vai apoiar o governador Romeu Zema e no nacional nós ainda não decidimos, estamos aguardando o desenrolar dos acontecimentos. No nacional, foi criada uma Federação para definir a união dos partidos para ter um candidato do grupo. Mas isso só será definido em meados do ano que vem.

O PTB vai apoiar o governador Romeu Zema, mas ele vem enfrentando muita dificuldade na Assembleia Legislativa. Já é a questão eleitoral?

A relação entre Executivo e Legislativo sempre foi uma relação turbulenta. Nesse governo, nos governos passados, sempre foi uma relação conturbada. O ponto de vista do Executivo é diferente do Legislativo. Isso causa estranheza devido a algumas atitudes, mas no final termina tudo bem.

O senhor acredita que ele vai conseguir aprovar os projetos de interesse do governo, inclusive o que trata da adesão ao Regime Fiscal do governo federal?

O ano já está terminando e o projeto ainda não foi para a pauta. (Foto reprodução internet)

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