Um dos principais hospitais de Belo Horizonte, o Felício Rocho, se prepara para dar mais um passo: o da formação de novos profissionais. A instituição conseguiu autorização do Ministério da Educação e Cultura (MEC) para abrir a sua faculdade, começando pelo curso de tecnólogo em radiologia e avançar posteriormente com a parte de enfermagem, psicologia, fisioterapia, Biomedicina. Esses planos estão sendo colocados em prática pelo presidente do hospital Felício Rocho, Wagner Furtado Veloso (foto/reprodução internet), que também pretende mostrar à população a importância da instituição, que evolui junto com a cidade e por isso, é um dos mais demandados quando o assunto é saúde.
Como o Hospital Felício Rocho se prepara para atender com essa instabilidade climática?
Nessa época, normalmente, o fluxo do hospital é muito maior com as doenças respiratórias. O hospital, normalmente, tem uma ocupação muito alta, de 85% , mas nesta época ele fica com ocupação maior do que essa. Mas nós damos conta.
O Felício Rocho é um dos hospitais mais tradicionais de Belo Horizonte. Como o hospital acompanhou a evolução da cidade, da população e da tecnologia em equipamentos e medicamentos?
Esse ano nós estamos completando 73 anos de existência. A Fundação Felício Rocho já está fazendo quase 88 anos, mas nesse período todo, o Felício Rocho sedestaca exatamente por acompanhar sempre a evolução da medicina, a evolução tecnológica. O hospital é de uma tradição muito grande em termos de medicina. Nós temos, normalmente, todo ano, 200 residentes no hospital em que se passa conhecimento de um para outro e, em termos de equipamento, nós estamos atualizados com o que existe de melhor do mundo.
Hoje, qual é o maior problema, o que mais aflige as pessoas atualmente?
Depende do momento.Nessa época de frio, por exemplo, são mais a questão respiratória. Mas o hospital nunca para. Tem as pessoas que, às vezes, precisam do hospital em determinado momento e, fazemos procedimentos eletivos, o que faz com que o hospital esteja constantemente preparado.
O ministro da Saúde disse que o Brasil é o campeão em transplante, mas foi contestado com o argumento de que se faz muito transplante porque o governo não cuida da saúde das pessoas. É essa lógica?
Eu não sei se é exatamente essa lógica. Nós somos pioneiros em transplante e o Felício Rocho é hospital que mais faz transplantes em Minas Gerais. No Brasil, nós estamos entre os 5 maiores hospitais que fazem transplantes também. Isso nos orgulha, faz com que a gente possa desenvolver a medicina cada vez mais, porque quando você trabalha com alta complexidade, como é o caso do transplante, faz com que os médicos se atualizem e ao mesmo tempo se preocupem, cada vez mais, em fazer o melhor para a população.
O transplante hoje deixou de ser um tabu. Ele dá uma sobrevida para as pessoas, mais qualidade de vida?
Sem dúvida, o desenvolvimento da medicina fez com que o transplante, que era um procedimento de altíssimo risco, e que era também um tabu, hoje ele é considerado um passo adiante para que a população tenha uma sobrevida e uma vida melhor também.
O hospital Felício Rocho é um dos hospitais mais demandados na cidade?
Sim, é muito demandado enós estamos procurando fazer um pouco mais de comunicação em relação ao Felício Rocho para mostrar a beleza que é o hospital. Mas muitas vezes as pessoas falam “mas o hospital está cheio, para que você vai falar mais do hospital? Nós temos que, exatamente, mostrar para a população que ela tem opção, no que consideramos o melhor hospital, o melhor preparado para atender a população. É um hospital que une tradição, saúde, qualidade, reputação e desenvolvimento contínuo e com quadro de 200 residentes altamente qualificado.
Nós agora estamos preparando também para fazer a nossa faculdade. Tivemos a aprovação pelo MEC e vamos começar agora, um primeiro curso de tecnólogo em radiologia e posteriormente vamos seguir com a parte de enfermagem, psicologia, fisioterapia, Biomedicina.
Já tem data para começar?
Começa agora, no segundo semestre, o primeiro curso. Nós temos uma estrutura fora para funcionar a faculdade, uma estrutura belíssima, em frente à Praça da Estação, com aquela vista maravilhosa da Praça da Estação. Vamos começar primeiro lá. É uma estrutura muito grande, são 11 mil m², um espaço que vai conseguir absorver todas as nossas demandas. Vamos começar com uma turma só e em cada semestre vai ser mais uma nova turma e vamos evoluindo dessa forma.