Logo
Blog do PCO

A China e os gases poluidores

A China já foi a besta do apocalipse na agenda ambiental do planeta. Até o começo da década passada, o país só exibia números vexaminosos nessa área. Sete das 10 cidades mais poluídas do mundo eram chinesas, segundo um levantamento de 2013 da Singhua University e do Banco de Desenvolvimento da Ásia. Em 2012, os custos com as doenças relacionadas à poluição consumiam 6,5% do Produto Interno Bruto do país, ou US$ 565 bilhões. A Universidade da Califórnia em Berkeley, estimou que poluição era responsável por 1,6 milhão de mortes na China, o equivalente a 17% do total. A poluição era o segundo problema mais grave da China, só atrás da corrupção, segundo um levantamento da Pew Research.

A China, como é

Soou como uma guinada histórica a cobrança que o presidente chinês, Xi Jinping (foto), fez na última sexta- feira, pedindo que os EUA recuperem o terreno perdido e passem a investir mais em energia limpa. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês fez até chacota, comparando os EUA a um estudante relapso: “As autoridades dos EUA não devem esquecer da saída do Acordo de Paris em 2017. Seu retorno não é, de forma alguma, uma volta gloriosa, mas sim como a volta de um estudante que faltava nas aulas. Ele ainda tem que mostrar como irá compensar o que não fez nos últimos quatro anos”, disse o porta-voz Lijian Zhano. O presidente chinês fez, talvez, a maior conversão energética da história, trocando combustíveis sujos, como carvão e petróleo, por energia renovável. A China continua como o maior emissor de gases de efeito estufa do planeta (seguida pelos EUA), mas os números do país na área de energia limpa são de assustar. Segundo a Agência Internacional de Energia, a China terá o maior crescimento na produção de energia solar e eólica do mundo nos próximos 5 anos; o país responderá por 40% do crescimento global de energia eólica.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *