O presidente da CNPq, Evaldo Vilela (foto), disse que durante a pandemia “aprendemos mais sobre a importância da ciência e da tecnologia para a vida do planeta”. A ciência é uma necessidade absoluta para a sobrevivência do planeta, segundo afirmou, no painel Pandemia Mostrando a Importância do Incentivo a Pesquisa no Brasil, na terceira edição do Conexão 20/21. Nesses 70 anos do CNPq, Evaldo Vilela disse que é importante ressaltar que a ciência é conhecimento e nasce de uma pergunta que fazemos para a natureza ou sobre tudo que nos cerca. Não é qualquer conhecimento. Ele é extraído por metodologia de perguntas que fazemos à natureza e por isso precisamos da cultura tecnológica. Isso é cidadania e é o que os países desenvolvidos fazem. Foi isso que a China fez. Ela veio aprender no Ocidente e hoje faz muito mais. O Brasil, segundo Evaldo Vilela, tem uma ciência robusta e talentos de alto nível. O país faz muitas coisas boas e temos muito mais a ser feito. Ele ressalta que essas redes de colaboração precisam ser melhor aproveitadas, como é o caso da produção da vacina brasileira, que ainda não saiu por falta de recursos, não por falta de capacidade. A agricultura é, segundo ele, um exemplo bem sucedido de ciência bem empreendida. O Brasil bem sucedido depende dos talentos brasileiros. Um dos problemas enfrentados atualmente no país, é o de que todos esses produtos desenvolvidos não estão sendo entregues ou não são suficientes em quantidade para as necessidades da sociedade. Faltam recursos, inclusive para a pesquisa básica, não só para a aplicada. Ele acredita que o governo federal vai liberar recursos para que o CNPq possa investir nesse trabalho que durante a pandemia se mostrou essencial. A falta de investimentos nesse setor tem levado os talentos para empresas fora do país. Seriam necessários investimentos nesses talentos e nessas empresas inovadoras, as startups. Segundo Evaldo Vilela, estamos na era do conhecimento e falta ao país a cultura do conhecimento.
Ciência é conhecimento
