A prefeitura de Belo Horizonte decretou estado de emergência diante do avanço dos casos de dengue e outras doenças. Uma medida acertada, mas que só terá consequências positivas se a população decretar, imediatamente, estado de atenção. Um estado que também só terá consequências práticas se acompanhado da disposição de ação. É preciso compreender que o Poder Público não é o único responsável pelo que de ruim acontece para a saúde da população. Somos co-responsáveis quando deixamos de agir objetivamente, evitando, como na situação atual, a colaborar na formação dos criadouros dos mosquitos transmissores das doenças em foco. Se cada um fizer a sua parte, cumprindo sua obrigação com o próximo, teremos uma cidade mais limpa, menos sujeita a vários tipos de doença. Aos governantes cabe, sim, o papel de suprir as falhas da população com suas responsabilidades- e isto, reconhecemos, nem sempre tem acontecido- mas a todos cabe a obrigação de ser responsável consigo mesmo e com o próximo. Quando agimos, superamos barreiras vistas como intransponíveis. Fomos capazes, por exemplo, de superar desastres como o sarampo, a coqueluche e a paralisia infantil, quando abraçamos os programas de vacinação em massa. Hoje, enquanto países muito mais ricos do que o nosso enfrentam o medo de algumas destas doenças, nos sentimos confortáveis por termos agido com responsabilidade, buscando a imunização que alguns, sem fundamentação algum, procuram negar. É hora de buscarmos outras formas de imunização. E o simples ato de não sujar a cidade, é uma delas. Faça sua parte antes de cobrar dos omissos. (foto/reprodução internet)
Dengue e a responsabilidade de cada um
