Os que pressionavam pelo retorno dos voos de aviões de grande porte operando no Aeroporto da Pampulha, e contavam como certa a decisão nesse sentido, se assustaram ontem com a portaria publicada pelo Ministério dos Transportes pondo um ponto final neste assunto. Pelo texto divulgado no Diário Oficial da União, a mudança traria riscos de redução de opções de destinos conectados à Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), diminuição da competitividade entre empresas aéreas, degradação da qualidade no serviço prestado e consequente aumento dos preços das passagens. O presidente da BH Airport, Paulo Rangel (foto), vinha se posicionando contrário a esse retorno dos voos na Pampulha, alertando para uma disputa predatória. Foram investidos R$ 900 milhões na ampliação e modernização de infraestrutura do terminal e Confins, administrado pela BH Airport o único internacional de Minas Gerais, que atende em média 22 milhões de passageiros por ano.
Bandeira vencedora
A medida adotada pelo ministério era uma das bandeiras do presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Roberto Andrade (PSB), que defende que os voos de grande porte sejam mantidos no Aeroporto Internacional Belo Horizonte. Roberto Andrade comemorou a decisão do ministro. “Nossos esforços na Comissão foram recompensados e o bom senso venceu. Está mantida uma política pública que visa ao desenvolvimento econômico sustentável de Minas Gerais e à geração do emprego. O Aeroporto de Confins é vital para fomentar políticas de incentivo ao turismo em nosso estado”, afirmou. Para o deputado, o posicionamento do ministro está diretamente ligado à visita que a Comissão fez, na última terça-feira, aos dois aeroportos, quando os parlamentares constataram que a Pampulha não tem condições de receber voos de grande porte e buscaram apoio de lideranças em Brasília para evitar que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tomasse a decisão de liberar os voos na Pampulha. Participaram da vistoria aos aeroportos os deputados Antônio Carlos Arantes (PSDB) e Gustavo Valadares (PSDB).