Com a atividade voltada para a saúde e bem- estar, o Kurotel Gramado tomou algumas decisões ousadas para entender a pandemia da Covid-19 e os seus efeitos. Por isso houve uma decisão, segundo Rochele Silveira (foto), sócia-diretora da empresa, de fechamento do Kurotel. O entendimento foi que deveriam fechar as portas para compreender o momento e preparar os funcionários. E foi o que aconteceu por 45 dias. Esse período permitiu, segundo ela, que todas as medidas de segurança fossem tomadas e se conhecer o que estava por vir. Por ter sido um período grande de instabilidade, foi necessário esse período de estudo. Hoje o Kur atende com uma limitação de leitos e o que se nota, é que as pessoas os têm procurado para melhorar a imunidade, para fazer um pós Covid, com sequelas emocionais devido a perdas com a doença e também devido ao isolamento social. Rochele disse que o que se percebe é que algumas coisas vieram para ficar, como é o caso dos protocolos de higiene e o uso de máscaras pelos funcionários. Com as pessoas mais velhas mais confortáveis para sair após a vacinação, essa clientela, que normalmente procura muito os serviços do Kur, voltou a procurá-lo.
Turismo regional
Guilherme Paulus, fundador da CVC e Chairman do Grupo GJP, é um otimista e disse que mesmo com a pandemia da Covid-19, acreditava que o turismo regional voltaria fortemente a partir do momento em que as pessoas tivessem mais confiança para começar a viajar com os próprios automóveis. Isso aconteceu, segundo disse durante a sua participação no Conexão 20/21. Ele lembra que em alguns voos internacionais que fez, encontrava com passageiros que usavam máscara para evitar transmitir algum resfriado. Hoje esse uso é obrigatório. As viagens de avião, segundo ele, demoraram a retomar a confiança dos passageiros e ela aconteceu de uma forma lenta. Os aviões começaram a voar com ocupação baixa, de 40%, e gradativamente foi ganhando segurança e passageiros. Guilherme Paulus ressalta que o Brasil tomou as medidas tardiamente, mas é preciso ressaltar, segundo ele, que o país é um continente, tanto que a vacinação em um estado como Minas Gerais, por exemplo, seria suficiente para atender toda a população de países como Portugal e Uruguai. Em Gramado, onde tem hotéis e outros empreendimentos, Guilherme Paulus, disse que têm sido tomados os cuidados sanitários. A cidade vive do turismo de eventos e tem a arte de receber as pessoas. O que tem que ser feito agora é buscar construir um futuro melhor.
O potencial do Aeroporto Internacional Belo Horizonte
O CEO da BH Airport, Kléber Meira, disse que o setor aeroportuário foi o que mais sofreu e chegou a ter uma queda de 90% na movimentação. Aos poucos o setor foi retomando suas atividades e antes da segunda onda da pandemia, chegou a recuperar 70% da movimentação. O aeroporto de Belo Horizonte está em uma posição geográfica diferencial e a questão de ser um polo da logística, com o aumento do e-commerce o estado pode avançar. Esse é o primeiro aeroporto homologado para ser um aeroporto indústria, tornando-se quase uma free zone. A infraestrutura de pista, de loja foi pensada para permitir o seu crescimento. Há três semanas o Aeroporto Internacional Belo Horizonte ganhou o prêmio de ser o mais pontual do mundo. Essa posição geográfica privilegiada, com estruturas das mais modernas do mundo, com uma malha ferroviária próxima do aeroporto, são aspectos importantes. A quantidade de empresas que estão buscando se instalar próximo ao aeroporto é grande. Hoje os responsáveis pelo aeroporto estão atuando fortemente para estimular a chegada de novas empresas para que o estado não fique dependente só da mineração, criando uma pluralidade de linhas de negócios.