Em um movimento sem precedentes, pastores angolanos da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) anunciaram uma ruptura com o fundador, bispo Edir Macedo (foto), e com o restante da liderança brasileira da igreja, acusando-a de desviar recursos para o exterior, discriminar funcionários locais e de promover a esterilização de sacerdotes africanos. Em comunicado divulgado pela imprensa angolana na última quinta-feira (28/11), os religiosos — que dizem ter o apoio de 330 pastores e bispos angolanos da Universal — exigem que líderes brasileiros da instituição deixem “o território nacional dentro dos prazos estabelecidos pelas autoridades migratórias” para que a igreja passe a ser “liderada exclusivamente por angolanos”. O cisma — que põe em xeque a sobrevivência da Iurd em um de seus principais palcos no exterior — ocorre poucas semanas após a Universal ser ameaçada de expulsão em outro país africano, São Tomé e Príncipe, onde também era acusada de privilegiar pastores brasileiros e forçar pastores locais a realizar vasectomias Em nota, a Universal diz que não houve ruptura em Angola e que a igreja é vítima de uma “rede de mentiras arquitetada por ex-pastores desvinculados da instituição por desvio moral, e de condutas até criminosas com o único objetivo de terem sua ganância saciada”. Com a BBC Brasil.
Pastores da Universal podem ser expulsos de Angola
