O Tribunal de Contas da União (TCU) votou por unanimidade ontem a autorização de renovação antecipada dos contratos de concessão das estradas de ferro Vitória a Minas (EFVM) e Carajás (EFC). A medida também vai permitir a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) através de mecanismo de investimento cruzado. A Vale investirá na obra que, depois de completa, será de responsabilidade do governo. A FICO também irá gerar aos cofres públicos R$ 2 bilhões advindos do contrato de outorga. A decisão foi comemorada pelo governo, que garante mais tempo de concessão as estradas de ferro, e uma nova via sendo bancada por dinheiro privado, da Vale. Os novos contratos, preveem investimentos de R$ 21 bilhões, sendo R$ 8,5 bilhões na EFVM e R$ 9,8 bilhões na EFC. A FICO receberá investimento de R$ 2,73 bilhões e irá escoar a produção de grãos (soja e milho) do Vale do Araguaia até a Ferrovia Norte-Sul, criando acesso aos principais portos do país. O ministro Tarcísio Gomes de Freitas (foto), comemorou o que considera a consolidação de uma solução inovadora de fazer ferrovia no Brasil.