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Plantas com tumores podem auxiliar pesquisadores

Plantas que vivem na parte mais alta da floresta amazônica têm a mesma predisposição a tumores que as que compõem formações vegetais de savana, bioma muito mais seco que o amazônico. A descoberta, de um grupo de pesquisadores da UFMG, foi publicada na revista PLOS One. “Apesar de a Amazônia ter uma formação vegetal muito úmida, percebemos que, na parte mais alta da floresta, também chamada dossel, existe uma formação de savana. É uma camada da floresta extremamente seca, com altas temperaturas e que submete a vegetação a elevadas condições de estresse”, explica o professor Geraldo Wilson Fernandes (foto), do Departamento de Biologia Geral do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. Uma planta estressada é aquela que sofre com falta de água, nutrientes e sais minerais e com o excesso de sol. Para as análises, foram coletadas mais de duas mil espécies do dossel da floresta amazônica. O trabalho, realizado em parceria com a UFMG pela pesquisadora Genimar Julião, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), durou quatro anos, dando origem à sua tese de doutorado. Segundo o professor Geraldo Fernandes, o estudo é muito importante porque o planeta está passando por mudanças climáticas. “Pesquisas como esta ajudam a buscar métodos para proteger as plantas de importância econômica (milho, sorgo, trigo e soja) dos tumores que podem destruir plantações inteiras”, argumenta o pesquisador.

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