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Temer passa a faixa presidencial e uma economia em frangalhos

Faltando poucas horas para que as urnas confirmem o nome do próximo presidente do Brasil, a ansiedade toma conta dos brasileiros. Dividido e traumatizado com o rombo nas contas públicas, causado por anos de corrupção e desprezo para com a causa pública, as expectativas são muitas, mas os problemas também. Quando o presidente Michel Temer entregar a faixa presidencial, no dia primeiro de janeiro, sairá como um dos mais impopulares presidentes da história brasileira. Por outro lado, deixará encaminhadas algumas questões, que apesar de criticadas, foram consideradas como avanço, como é o caso da reforma trabalhista. A economia, no entanto, não respondeu da forma desejada a essas mudanças e a reforma da Previdência é colocada como um ponto fundamental para começar a reestabelecer a confiança do investidor estrangeiro, que também aguarda regras mais claras, que não mudem de acordo com os interesses do governante, como aconteceu no governo Dilma, que acabou afugentando os interessados em investir no país.

 

Retomada do crescimento

A construção civil, que é considerado um termômetro da economia, apresentou queda de 0,4% no primeiro trimestre e de 0,8% de abril a junho, na comparação ao mesmo período do ano passado, que também foi ruim. Com o orçamento federal e dos estados no vermelho, praticamente não houve investimentos em infraestrutura, na construção de estradas, moradias populares e de saneamento. O país está parado. O desemprego continua alto, apesar de uma pequena retomada nas contratações, inclusive em Minas Gerais, mas a recuperação é considerada lenta. Os empresários da indústria, serviços e de todo o setor produtivo querem dialogar com o novo governo. O país tem enormes desafios, alguns deles urgentes e muitos estruturais. O brasileiro tem urgência nas respostas para que possa voltar a planejar o seu futuro.

 

Minas Gerais: Herdando o caos administrativo e financeiro

O governador de Minas Gerais eleito hoje, terá a responsabilidade, a partir do dia primeiro de janeiro, de colocar as contas em dia e encontrar alternativas para desenvolver o estado, que passa por uma crise sem precedentes. No orçamento apresentado pelo governador Fernando Pimentel à Assembleia Legislativa, o déficit previsto é de R$ 11,4 bilhões. Mas alguns economistas acreditam que o rombo possa ser superior a R$ 20 bilhões. Além disso, os servidores públicos recebem seus salários com atraso e parcelados, os fornecedores do estado estão sem pagamento, os municípios contabilizam uma dívida que ultrapassa R$ 8 bilhões de atraso nos repasses de recursos do Estado.  Só o déficit da Previdência em Minas aumentou quase 300% em dez anos e atingiu R$ 16 bilhões em 2017. O atendimento na área de saúde é caótico, a violência aumentou e em praticamente todos os setores de atendimento à população, a situação é dramática. Todos aguardam respostas rápidas do próximo governador, que terá como desafio restaurar não só as contas do Estado, como a confiança da população nos políticos.

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