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Alckmin quer deixar o governo após votação das reformas

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (foto), do PSDB, disse ontem não existir “nenhuma razão” para que o seu partido permaneça na base do governo Temer após a definição do andamento das reformas trabalhista, previdenciária e política. A votação da reforma trabalhista no Senado está prevista para amanhã. A reforma da Previdência chegou a ser votada em comissão especial, mas travou depois do agravamento da crise política. Já o prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), disse não defender que o partido se mantenha no governo. Governador e prefeito participaram neste domingo, na cidade de São Paulo, de evento em comemoração à Revolução Constitucionalista de 1932. Hoje, os dois deverão participar de reunião com lideranças do partido, incluindo governadores, senadores e deputados, sobre o apoio ao governo de Temer, denunciado pelo crime de corrupção passiva.

 

“Encerrar” permanência

Em entrevista coletiva ontem, Alckmin destacou que já havia dito anteriormente que o PSDB não deveria ter cargos no governo. Desta vez, o governador disse que o partido “deverá encerrar” o período de permanência na base aliada. “Hoje, o que nós devemos fazer? Aguardar o término das reformas. Terça-feira agora é a votação da reforma trabalhista, ela poderá ser aprovada no Senado. E aí vai à sanção presidencial. Também a reforma previdenciária a gente vai saber em pouco tempo se ela vai prosperar ou não. E a reforma política também tem data. Depois disso, eu vejo que não tem nenhuma razão para PSDB participar do governo”, declarou. “Eu não mudei a minha posição. Eu entendo que o nosso compromisso não é com governo, muito menos com cargos. Aliás, lá atrás, eu já tinha defendido que nós deveríamos aprovar todas as medidas de interesse do Brasil, as reformas que levem ao aumento do emprego, a retomada do crescimento econômico, sem precisar participar com cargos no governo”, disse. Nos bastidores, outros caciques tucanos têm colocado a votação da reforma trabalhista como prazo-limite para o partido definir se permanece ou desembarca do governo. Na mesma linha de Alckmin, Doria afirmou que a sigla precisa ter compromisso com o país, e não com o governo. “Aliás, eu não defendo que o PSDB se mantenha no governo. Eu defendo que o PSDB tenha olhar para o Brasil. Como fazer para que as reformas continuem? Qual a condicionante para que a reforma trabalhista prossiga e seja aprovada?”, questionou Doria.

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