Logo
Blog do PCO

Alterações na equipe de governo gera desconfianças

Esta pode ser uma semana de redefinições no governo Bolsonaro. Passado o primeiro ano de mandato já se fala em acomodações na equipe econômica, com uma “dança de cadeiras”, em que posições serão trocadas e algumas deserções deverão ocorrer. Como o blog noticiou ontem, uma das mudanças deverá acontecer na Secretaria Especial de Desestatizações, com a saída de Salim Mattar que, dizem os mais próximos, estaria disposto a deixar o governo insatisfeito com o ritmo de algumas medidas, especialmente em sua área. Mattar quer mais rapidez nas decisões, acostumado com o ritmo na iniciativa privada. Ele, garantem seus interlocutores, continua apoiando o presidente, e sua insatisfação é com a burocracia do processo político. Ao contrário de Mattar, algumas das exonerações deverão acontecer por baixa produtividade. O governo estaria insatisfeito com o desempenho de ocupantes de cargos de segundo escalão, e até mesmo de alguns ministros, que têm criado dificuldades por seus atos e especialmente declarações. Com estas mudanças pretende aparar arestas políticas e com isto – mais liberação de emendas, claro- acelerar a tramitação de algumas matérias no Congresso. Mudanças na equipe, notadamente nos escalões inferiores têm sido rotina no governo de Bolsonaro Há casos de exonerações de auxiliares por divergências com algum filho do presidente, situação que atingiu especialmente militares graduados convocados para cargos, dentro de uma estratégia de conferir, aos olhos da população, seriedade ao governo. A novidade é que as mudanças agora devem acontecer na equipe econômica que se tinha como monolítica. A questão é saber qual o impacto da “dança das cadeiras” na confiança dos investidores. Até aqui o governo (ou seria a equipe econômica?) tem conseguido recuperar a confiança da população, em especial do setor produtivo, e também dos investidores internacionais, confiança fundamental para que o país retome o crescimento econômico. Mudar agora trará que consequências? Esta é uma das dúvidas. A outra, mais objetiva é: o quê está dando errado que justifica as mudanças de posições e de nomes?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *